Aulas de Navegação Aérea do curso de Comissário de Voo. Conteúdo: Terra, Coordenadas Geográficas, Orientação (Rosa dos Ventos), Rumo/Proa/Rota, Magnetismo, Fuso Horário… (link para arquivo)
Mapa conceitual de coordenadas geográficas
geometria | nome | valor | intervalo | hemisfério | referência |
---|---|---|---|---|---|
Semi-círculo | MERIDIANO | LONGITUDE | 0 a 180º | E ou W | Greenwich |
Círculo | PARALELO | LATITUDE | 0 a 90º | N ou S | Equador |
Exercícios
Conteúdo: exercícios de conversão de unidades (milhas náuticas, quilômetros, pés, metros, graus, minutos e segundos, latitude/co-latitude, meridiano/anti-meridiano) e fuso horário (utilizando longitude, fuso numérico e fuso em letras). A maiorias dos exercícios possui resolução junto. (link para arquivo)
1) Como calcular a hora UTC?
A hora UTC é a hora e referência mundial, correspondente ao fuso horário que passa em Londres. Para calcular esse horário, deve-se somar (se estiver a oeste) ou subtrair (se estiver a leste) as horas conforme o fuso horário em que você está. Por exemplo, se são 7:00 no Brasil (fuso 3 oeste), deve-se somar 3 horas, ou seja, são 10:00 UTC. Existem mais exemplos nos slides e exercícios resolvidos logo acima.
2) Cinco graus (5°) de latitude equivale a quantas NM?
A milha náutica (NM) é definida como a distância de 1 (um) minuto de arco. Outra definição é o grau, uma medida de distância no globo terrestre que pode ser dividida em 60 minutos de arco (60′) – apesar do nome, é uma medida de espaço, não de tempo. Desse modo, se cada grau mede 60 minutos, então 5 graus medem 5 x 60 = 300 minutos. Como cada minuto vale uma milha náutica, temos que 300′ = 300 NM.
3) O comprimento de um minuto de arco do Meridiano terrestre corresponde a quantas milhas náuticas?
A milha náutica foi historicamente definida como sendo o comprimento de um minuto de arco medido, à superfície média do mar, ao longo de um qualquer grande círculo da Terra. Apesar o nosso planeta não ser uma esfera perfeita, sua correspondência com o sistema métrico é a seguinte: 1 milha náutica = 1 852 metros.
4) Pode explicar as noções de PROA/RUMO/ROTA?
Proa é a direção do eixo longitudinal de uma aeronave (aquele eixo que liga o nariz e a cauda do avião). Rumo é a direção do voo. Rota é a projeção, na superfície terrestre, da trajetória (caminho) prevista ou percorrida por uma aeronave. Por exemplo, durante a ocorrência de vento lateral em voo, o avião deveria ter seu rumo alterado, alterando assim sua rota e o seu destino. Para evitar isso, ele deve compensar esse vendo virando a proa do avião contra o vento para manter o rumo e a rota, para atingir seu destino. Tem um esquema desse exemplo no slide 24 das aulas de navegação no início dessa página.
Além disso, a proa é o ângulo entre um meridiano e o eixo longitudinal do avião, e o rumo é o ângulo entre o meridiano e o caminho que o avião segue.
5) Qual a diferença entre meridiano/meridiano verdadeiro; proa/proa verdadeira; rumo/rumo verdadeiro?
O meridiano verdadeiro é uma linha imaginária que liga o Polo Norte Verdadeiro e o Polo Sul Verdadeiro. A palavra “verdadeiro” (ou “geográfico”) refere-se a pontos reais designados pela geografia para localização. Já o meridiano magnético refere-se a uma linha imaginária que liga o Polo Norte Magnético e o Polo Sul Magnético, ou seja, aquele usado pela bússola. Como é gerado pelo campo magnético terrestre, esses polos não coincidem com os polos verdadeiros.
Considerando a proa como um ângulo (espaço entre duas retas, explicado na questão anterior), temos a proa verdadeira como o ângulo entre o eixo longitudinal do avião e o norte verdadeiro (ponto fixo no planeta), assim como a proa magnética como o ângulo entre o norte magnético (sentido que a bússola aponta). Da mesma forma, temos que o rumo verdadeiro é o ângulo entre o norte verdadeiro e o caminho que o avião faz, e equivalentemente existe o rumo magnético.
6) Comentários sobre a questão 25 (slides de exercícios)
Essa questão é um desafio, tem várias “pegadinhas”. Primeiro ponto para se prestar atenção é a forma não usual de marcar os fusos, que é usando letras. Verificando o slide 36 das aulas de navegação, é possível acompanhar a nomenclatura utilizada. A imagem do último slide da apresentação de ques deve ajudar para seguir junto com a explicação.
Outro ponto importante é que o avião decolou de um fuso (N), mas o horário indicado é referente a outro lugar (fuso P). Assim, deve-se marcar o horário no fuso P e calcular qual o horário no fuso de origem do voo. Adicionando 1 hora de fuso em fuso, do P até o N, dá meia-noite no fuso N como sendo a hora de partida.
Próximo passo é descobrir o horário no fuso de destino (A), pelo mesmo procedimento.
Seguindo, o exercício diz que o avião chegou no destino (fuso A) mas falou o horário em outro fuso (C). Marcando esse horário (10h) no fuso C e subtraindo horas de fuso em fuso até o de destino (A), obtém-se o horário em que o avião chegou no fuso C.
Para saber o tempo de voo, basta fazer a diferença entre o tempo de pouso e o de decolagem, considerando os horários no fuso de destino.
Veja também
- Coordenadas geográficas
- Fuso horário
- Computador de voo
- Como fugir da segunda feira? Nas ilhas Diomedes
- Efeitos do vento sobre a aeronave
- Valores de declinação magnética para qualquer lugar do planeta
Muito aproveitável.
na primeira questão fusos a oeste do meridiano são negativos e a leste positivo? me confundiu?
Já vi mapas colocando fusos a oeste de Greenwich como negativos (no sentido de subtrair horas com relação à hora UTC para ter a hora do fuso) e como positivos (no sentido de somar horas horas no fuso do lugar para obter a hora UTC), mas acho que o mais simples é esquecer esses sinais pré-inseridos e pensar somente no sentido de movimento: somar horas se for para leste e subtrair horas se for pra oeste.