O intrépido repórter de cabelos ruivos Tintin, com seu inseparável companheiro canino Milu, é um dos personagens mais icônicos da história dos quadrinhos. Criado pelo talentoso artista belga Hergé, Tintin fez sua primeira aparição em 1929 na revista belga “Le Petit Vingtième”. Desde então, aventurou-se por todo o mundo, desvendando mistérios, enfrentando vilões e defendendo a justiça com seu característico fervor juvenil e uma coragem que desafia até os mais perigosos desafios.
Hergé, cujo nome real era Georges Prosper Remi, nasceu em 1907, na Bélgica. Desde cedo, mostrou interesse pelo desenho e começou sua carreira como ilustrador em um jornal local. Sua verdadeira fama, no entanto, veio com as aventuras de Tintin. Influenciado pelas aventuras de Flash Gordon e os trabalhos de seu mentor, o cartunista chinês Zhang Chongren, Hergé desenvolveu um estilo único que combinava um traço limpo e detalhado com narrativas cativantes e repletas de aventura.
O Capitão Haddock, companheiro inseparável de Tintin, é uma figura igualmente memorável nas aventuras do repórter intrépido. Conhecido por sua personalidade forte, seu amor pela bebida e seu vocabulário colorido, o Capitão Haddock acrescenta uma dose de humor e humanidade às histórias. Ao lado dele, outros personagens secundários também desempenham papéis importantes, como o brilhante Professor Girassol, cujas invenções muitas vezes salvam o dia, e os detetives Dupond e Dupont, que, apesar de sua incompetência ocasional, sempre estão prontos para ajudar Tintin em suas investigações.
As séries de histórias em quadrinhos são há muito admiradas por seus desenhos claros e expressivos, com o estilo ligne claire, típico de Hergé. O autor emprega enredos bem elaborados de gêneros variados: aventuras swashbuckler com elementos de fantasia; mistério; espionagem; e ficção científica. As histórias nas séries de Tintim caracterizam-se tradicionalmente pelo humor em cenas de ação.
Ao longo das décadas, Tintin se tornou um fenômeno global, conquistando fãs de todas as idades e origens. Suas histórias não apenas entretinham, mas também educavam, explorando temas como política, história e cultura ao redor do mundo. Desde a sua primeira aventura em “Tintin no País dos Sovietes” (publicado em tiras no jornal Le Petit Vingtième em 1929, e como álbum em 1930) até suas últimas obras, como “Tintin e os Pícaros”, Hergé deixou um legado duradouro que continua a inspirar gerações de leitores e artistas de quadrinhos em todo o mundo. “Tintim e a Alfa-Arte” é aventura incompleta publicada postumamente como álbum em 1986.
As Aventuras de Tintim também é uma série de desenho animado baseada nos quadrinhos. Estreou em 1991, teve 39 episódios de meia hora produzidos em três temporadas. Foi a mais conhecida adaptação dos livros até o lançamento do filme As Aventuras de Tintim em 2011. No Brasil, a série foi transmitida na TV Cultura a partir de janeiro de 1994, no horário nobre da emissora. Nesse artigo da Wikipedia, estão os álbuns que foram (ou não) adaptados para desenho animado, com links para as sinopses.
No site Plano Crítico, existe uma coletânea de imagens de cada história e no site Universo HQ existem mais algumas imagens e curiosidades. Por exemplo: com a Bélgica e a França ocupadas pelos nazistas, Hergé teve dificuldades crescentes para publicar as aventuras de Tintim nos jornais, não apenas devido à censura, mas também por causa da escassez de papel. Em 10 de maio de 1940, os alemães fecharam o jornal Le Vingtième Siècle, consequentemente cancelando Tintim.