Meteorologia popular

O corpo do ser humano é capaz de perceber mudanças das condições atmosféricas e fazer uma previsão de como ficará o tempo. Os animais são mais vulneráveis à variação de pressão, vento e temperatura do ambiente e, assim, começam a procurar abrigo antes de uma tempestade. Observando o comportamento dos animais, podemos ter uma ideia do tempo que a natureza está armando. Veja alguns exemplos de como o homem, observando padrões de comportamento da natureza, conseguiu fazer previsões de tempo caseiras durante milhares de anos, resultando em ditados e versinhos populares.

Pedra do tempo.
Pedra do tempo.

Etnometeorologia

Um cruzamento entre as ciências atmosféricas e a antropologia, a etnometeorologia trata de como os povos lidam com o tempo e o clima frente a seus impactos sobre a sociedade ao longo da história humana (cultura, economia, etc), assim como de reconhecer padrões de comportamento da atmosfera e arriscar previsões. Desde o início da humanidade, os seres humanos observam a natureza e buscam entender seu funcionamento. Desse modo, podem prever suas ações e também tentar dominá-la, seja através da religião ou da ciência.

Condições meteorológicas podem ter muita influência sobre o ser humano. Por exemplo, mudanças bruscas de temperatura “bagunçam” o sistema de defesa no organismo, podendo causar doenças. Temperaturas altas deixam as pessoas mais tensas e violentas, enquanto que o frio deixa as pessoas mais reservadas. Até mesmo quando sua tia diz que, quando alguma região inflamada dói, é porque tá vindo chuva, isso tem um fundo de razão, pois a queda de pressão do ar está associada com chuvas, e quando a pressão do ar cai, a pressão sanguínea sobe e a inflamação fica doendo mais.

Animais podem ‘prever’ mudanças no tempo?

Animais tendem a ser mais sensíveis à diferença de pressão atmosférica, o que precede tempestades. Pássaros e abelhas também aparentam ser sensíveis a essa queda na pressão barométrica – quando ela ocorre, buscam instintivamente cobrir seus ninhos e colmeias. Andorinhas também usam esse senso de pressão do ar para determinar para onde é seguro migrar.

Mesmo com a pressão barométrica caindo apenas alguns milibares, isso corresponde a uma queda na pressão hidrostática no oceano. Durante a tempestade tropical Gabrielle (em 2007), observou-se que alguns tubarões nadaram para águas mais profundas, onde havia mais proteção para a tempestade.

A relação entre o “cri-cri” de uma espécie de grilo e a temperatura é conhecida como Lei de Dolbear, em homenagem ao físico americano Amos Dolbear. Ele publicou o artigo “O críquete como termômetro” (The Cricket as Thermometer) em 1897. Essa relação ocorre por um aumento no metabolismo do grilo a sangue frio, que acontece quando a temperatura sobe. O metabolismo acelerado fornece mais energia para contraturas musculares ou, no caso do inseto, para o som do “cri-cri”. A relação entre o “cri-cri” e temperatura é expressa pela equação Tf=50+(N60-40)/4 onde Tf é a temperatura em graus Farenheit e N60 são os “cri-cris” por minuto.

Em outro estudo, cientistas analisaram três espécies distintas de insetos comumente encontrados no Brasil: o besouro conhecido como ‘patriota’, por ter cor verde e pintas amarelas (Diabrotica speciosa); o pulgão da batata (Macrosiphum euphorbiae) e a lagarta da pastagem (Pseudaletia unipuncta). Com auxílio de uma câmara barométrica (equipamento que pode controlar ou alterar a pressão atmosférica), os pesquisadores conseguiram comprovar que, sob queda de pressão atmosférica, as três espécies de insetos reduziram sua atividade sexual e acasalaram menos que em condições normais de pressão.

Assim, em um evento de baixa pressão atmosférica, que normalmente antecede um temporal, os insetos interrompem o acasalamento e vão procurar abrigo. Isto acontece, geralmente, entre quatro a seis horas antes da chuva, fornecendo uma certa previsibilidade. Outra pesquisa do mesmo grupo feita na Escola de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP em Piracicaba, demonstrou que formigas cortadeiras, também chamadas de saúvas (Atta sexdens) passam a executar tarefas rotineiras de corte e transporte das folhas de forma mais rápida horas antes de um temporal.

Uma velha superstição, levada à Pensilvânia por colonos de língua alemã em meados do século 19, tornou-se o Dia da Marmota (celebrado em 2 de fevereiro). Ele baseia-se em observar o comportamento do animal: se ele sair da toca, significa que o inverno do Hemisfério Norte terminará mais cedo; se o animal continuar entocado, o inverno durará mais seis semanas. No entanto, uma mudança no tempo, como as nuvens bloqueando a sombra da marmota, não implicam em uma mudança observada no clima. Veja mais no post sobre o Dia da Marmota.

Em algumas espécies animais, a temperatura desempenha um papel fundamental na determinação do sexo de seus indivíduos. Nesses casos, a temperatura pode suplantar a instrução genética do DNA. O Dicentrarchus labrax, espécie de robalo comum no Oceano Atlântico, a partir de uma população dividida meio a meio entre fêmeas e machos, é possível chegar a uma população inteiramente masculina aumentando a temperatura da água nos estágios precoces de desenvolvimento. Os lagartos femininos do dragão barbudo podem mudar de sexo dentro dos ovos se a temperatura do ambiente aumentar – quando os ovos estão encubados em temperaturas que variam de 34 a 37°C, os lagartos nascem na proporção de 16 fêmeas para apenas 1 macho.

Os animais tem um senso mais apurado para mudanças climáticas por questão de sobrevivência (algo que talvez o ser humano tenha perdido no caminho da evolução). Por exemplo, o João-de-barro sempre faz a entrada se sua casa no sentido contrário do vento, para evitar que entre chuva e detritos levados pelo vento. Outro exemplo, a minhoca só desova quando o clima é fresco e úmido, já que em um clima quente os filhotes não sobreviveriam. Pássaros voam baixo quando vai chover, pois a pressão diminui e deixa o ar menos denso, o que é ruim para o voo. Dessa forma, é possível observar os animais para prever o tempo a curtíssimo prazo.

As plantas também são sensíveis a mudanças no tempo. Um exemplo é o das pinhas, geradas pelos pinheiros. As pinhas estão cheias de sementes muito leves. Eles abrem em dias bons e secos para que o vento possa levar as sementes para longe da árvore-mãe. Nos dias de maior umidade, é menos provável que as sementes sejam carregadas, por isso as pinhas permanecem fechadas.

Essas observações são simples observações lógicas que a população vem fazendo ao longo dos anos, o que não significa que funcionam o tempo todo. Por exemplo, diz-se que insetos alvoroçados e animais inquietos, fazendo seus sons característicos, são sinais de que estão buscando um abrigo e avisando seus companheiros devido a proximidade de chuva. No entanto, moscas vivem curtos períodos de tempo, sendo as mais novas bem mais agitadas que as velhas. Se você ver um agrupamento de moscas jovens, pode vir a pensar que se aproxima chuva, enquanto na verdade estão apenas buscando acasalamento.

Dizeres da Meteorologia popular

As condições médias da atmosfera variam bastante de lugar para lugar, por isso é importante a conversa com habitantes do lugar para saber os padrões reconhecido por eles. A região da cidade de Blumenau (SC) foi primeiramente habitada por indígenas, que moravam nas serras. Os colonizadores, que se fixaram no vale do rio Itajaí, perceberam o porquê disso depois de sofrerem com as primeiras enchentes. Veja alguns versinhos e ditados populares com uma possível explicação de sua eficácia:

“Céu pedrento, chuva ou vento”

Céu com nuvens escuras e cumuliformes indicam que pode ter vento e/ou chuva.

“Montanha de manhã, chafariz ao entardecer”

Essa é uma tradução literal da expressão inglesa “in the morning mountains, in the afternoon, fountains“. As montanhas ao que o ditado se refere são as nuvens do tipo cumulus que possuem grande desenvolvimento vertical, as cumulus congestus – também conhecidas como Tower Cumulus. Se a nuvem cresceu demais no período da manhã, isso significa que vai receber ainda mais água no período da tarde e vai acabar gerando uma chuva.

“Vermelho ao Sol pôr / Alegria do pastor” ou “Vermelho ao mar / Sol de rachar”

Foi observado que, ao Sol se pôr vermelho, no dia seguinte não choveria e faria tempo aberto, e assim colocaram o fato observado em verso. O tempo normalmente fica aberto sob condições de alta pressão, onde o ar frio desce e retém a poeira próximo ao solo. Assim, o pôr do sol fica mais vermelho que de costume.
Caso o Sol amanheça vermelho, quer dizer que esse fenômeno causado pela alta pressão está no leste. Como nas latitudes médias do hemisfério norte os sistemas de tempo caminham de Oeste para Leste, quer dizer que a alta pressão já se foi e deve se aproximar uma região de baixa pressão, com chuvas. Daí vem os versos “Vermelho ao sol nascer / Deve o pastor se precaver”, que quer dizer que o fato de o Sol nascer vermelho indica que poderá haver chuva, assim como:
“Vermelho de manhã / É capa de lã”;
“Vermelho ao nascente / Chuva de repente”;
“Barra vermelha, água na orelha”;
“Arrebóis ao anoitecer / água ou vento ao amanhecer”;
“Aurora ruiva, ou vento ou chuva” e tantos outros. Arrebol é o vermelhidão no nascer ou pôr do sol.

“Arco-íris pela manhã é sinal de chuva”

Pela manhã, o Sol está a Leste. O arco-íris sempre se forma do lado oposto ao Sol (nesse caso, portanto, a Oeste) e onde há chuva. Como o tempo nas latitudes médias do hemisfério norte caminha aproximadamente de Oeste para Leste, quer dizer que o vento está trazendo a chuva de oeste. Se o arco-íris ocorre com o pôr do sol, a chuva está no Leste se indo.

“Noite clara, geada ao amanhecer”

Se à noite o céu está sem nuvens, ocorrerá geada ao amanhecer. Isso ocorre porque à noite a superfície da terra esfria, devido à ausência do Sol, e perde o calor para o espaço. Se tivesse nuvens, elas formariam um manto que refletiria o calor de volta para a terra. Como fica frio, é mais provável aparecer geada ao amanhecer, que é o horário mais frio do dia. Se estiver ventando pouco e frio o suficiente, poderá haver formação de geada.

“Cerração baixa, Sol que racha”

Observou-se que quando uma cerração (nevoeiro) forte escondendo o céu é céu aberto na manhã do dia seguinte. Muito falado no Rio Grande do Sul. O nevoeiro se forma pelo resfriamento da atmosfera durante a madrugada, fazendo atingir a temperatura suficiente para saturação do ar de umidade. Conforme o Sol aquece, a água vai voltando ao seu estado de vapor.

“Gato a se lamber, mau tempo vai fazer”

O gato, ao coçar-se numa árvore ou deitar de boca para cima, pode ter esse comportamento devido a aumento da eletricidade estática quando chega uma tempestade (ao coçar-se no chão ou na árvore, estaria reequilibrando suas cargas). É o mesmo que “quando os cavalos rolam na terra é sinal de chuva” (dito na Noruega e Suíça) e “Vaca preta coçando as costas, sinal de mau tempo” (dito na Noruega).

“Lua com circo, água no bico” ou “circo na lua, lama na rua”

Halo (“circo”) formado em torno da Lua quando da passagem de uma nuvem do tipo Cirrostratus, que traz uma frente fria, tempestades e chuvas. É semelhante ao ditado índios Zuni do Novo México: “Quando o Sol está em casa (dentro de um halo), a chuva não tarda”.

“Madrugada alta e tardia é sinal de ventania”

Madrugada alta é quando o Sol surge sobre um monte de nuvens. De certo isso se relaciona a algum distúrbio sinótico (passagem de frentes, por exemplo).

“Inverno quente, feijão doente; verão chuvoso, feijão formoso”

No Brasil, grande parde das regiões agrícolas tem invernos secos que também ficam quentes quando ocorrem os “veranicos”. Tempo seco prolongado é prejudicial para certas culturas, como a do feijão.

“O peixe salta antes da tempestade” (França, Alemanha)

Peixes nadando próximo à superfície pode também ser sinal de chuva, pois com ela aumenta a oxigenação da água e também pode ocorrer queda de insetos.

“Quando sente cheiro de temporal, o gado se junta no curral”

Animais agitados, buscando abrigo ou reunindo-se em grupos, podem indicar que estão percebendo uma queda de pressão e proximidade de uma tempestade. Carneiros e galinhas reunidos também pode ser sinal de chuva, pois estão tentando se proteger em grupo. Sapos precisam estar sempre úmidos, e quando se avizinha uma chuva, eles podem sair da água para reprodução, e começam a coaxar (caso contrário, ficam calados). Veja outros exemplos:

  • “Galinha numa perna só e escondida, chuva garantida” (Irã);
  • “Maçarico cantando, chuva chegando” (Irlanda);
  • “Gaivotas na areia, primavera e meia; gaivotas no barranco, inverno e tanto” (Reino Unido);
  • “Formiga carregando ovos barranco acima, é chuva que se aproxima” (Índia, Japão);
  • “Teias de aranha ao amanhecer, bom dia vai fazer” (Japão, Espanha, Uruguai);
  • “Silvar de cobra, chuva de sobra” (França, Espanha, América hispânica);
  • “Rã cantando em campo aberto, chuva três horas perto” (Índia);
  • “Asas abertas no galinheiro, sinal de aguaceiro” (Índia);
  • “Rebanho barulhento, tempestade e muito vento” (Itália);
  • “Bugio ronca na serra, chuva na terra” (Brasil)
  • “Cabras tossindo e espirrando, o tempo está mudando” (Brasil)
  • “Se o cuspe flutua na água, bom tempo; se afunda, chuva” (Japão)

Os dois últimos ditados são engraçados, mas não encontrei uma boa explicação.

Além disso, a queda de chuva no solo pode liberar uma substância aromática, conhecida popularmente somo “cheirinho de chuva“, bem percebido principalmente por animais com olfato apurado – veja mais clicando no post.

Mesmo através de uma fogueira é possível saber um pouco sobre as condições de tempo. Se a fumaça subir, isso indica uma atmosfera instável e possibilidade de formação de nuvens e chuvas. O inverso acontece a noite: se a fumaça se espalhar na horizontal em vez de subir, isso indica atmosfera estável, ou seja, permanecerão as condições presentes de tempo.

Malba Tahan, em seu livro “A Caixa do Futuro”, faz um interessante comentário, durante uma passagem em que um ancião cego diz ter certeza de que no céu não há nuvens pelo cantar dos pássaros e por não ouvir o ruído de uma queda d’água que fico do outro lado de um rochedo:

“Esse curioso fenômeno já tem sido observado em várias localidades de nosso país. Em S. Domingos (Goiás), o povo sabe se o tempo está firme ou ameaçador, pela maior ou menor intensidade com que ouve o ruído de uma queda d’água situada a poucos quilômetros da cidade.”

Quando chove na cabeceira ou em uma parte mais alta de um rio, seu volume de água aumenta, fazendo crescer também o barulho da água batendo nas pedras.

Profetas da Chuva

Desde 1996, acontece o Encontro dos Profetas da Chuva no segundo sábado do ano no município de Quixadá (Ceará), em um local aberto para o público. A interseção entre cultura e folclore permite que os sertanejos anunciem previsões climática para a próxima estação chuvosa. Seus conhecimentos a respeito da manifestação da natureza sobre os sinais de chuva e de seca no Nordeste brasileiro são construído ao longo dos anos através de sua interação com o meio ambiente, bem como por meio do desenvolvimento de experiências e rituais, passados de geração em geração, seja na família ou entre amigos.

Muitas vezes, a previsão é enquadrada dentro de narrativas, poesias, apelos, reclamações e conselhos. Eventualmente, um meteorologista da agência estadual (FUNCEME) também dá uma previsão. Além das previsões, o roteiro de atividades do encontro também pode incluir palavras de políticos locais ou outras autoridades, homenagens a determinadas pessoas, e apresentações de dança ou de música. Na plateia se encontram membros da comunidade, estudantes, pesquisadores, turistas e representantes da mídia.

A maioria dos profetas da chuva tem vivência com a agricultura ou com criação de animais. Ler atenta e respeitosamente os sinais da natureza com as folhas da aroeira, como brota o feijão brabo, os movimentos das formigas, do Inxu (casa da colmeia), as constelações, são apenas alguns dos ritos praticados por pelo menos 140 anos pelo povo sertanejo nos sertões do nordeste brasileiro.

O livro “Meteorologista e profetas da chuva: conhecimentos, práticas e políticas da atmosfera”, de Renzo Taddei, apresenta um estudo antropológico mostrando as relações culturais, científicas, espirituais e políticas dos sertanejos, que detêm o conhecimento tradicional sobre o meio ambiente. Ele chega a citar alguns exemplos de observações da natureza e sua relação com o tempo futuro (p. 182):

“As formigas e cupins, se estiverem retirando comida velha de dentro dos ninhos, estão limpando-os e dando espaço para o advento de alimento novo – que só virá com a chuva. Se estiverem abandonando ninhos em terras baixas, no leito seco dos rios, por exemplo, estão se salvando da inundação – que só ocorrerá com a chuva. Se as árvores frutificam na véspera da estação de chuvas e se as fêmeas dos animais engravidam – gatos, cães, jumentos, pássaros, tatus e peixes – é porque o contexto cósmico se apresenta como propício à renovação da vida, que precisa da chuva para ocorrer (os peixes precisam ser eviscerados para que se ateste a presença de ovas, remetendo a uma tradição antiga da leitura de vísceras de animais que existe desde a Babilônia, passando pelos etruscos, pelos romanos e chegando aos nossos laboratórios, transmutando na prática da experimentação de animais). A posição da entrada do ninho do pássaro que chamamos, no Sudeste, de joão-de-barro, e que os cearenses chamam de maria-do-barro, é entendida como indício das chuvas futuras – o pássaro, às vésperas da estação chuvosa, fecha a entrada do lado por onde vêm as chuvas e abre outra, do lado oposto, para que o ninho se mantenha seco. Se não houver essa mudança, entende-se que não há risco de umidade, e, portanto, não há precipitação no horizonte.”

No livro é comentado também que as coisas não são tão determinísticas e explica os contrapontos a essas e outras afirmações.

Humor

Com a aproximação do inverno, os índios foram ao cacique perguntar:

– Chefe, o inverno este ano será rigoroso ou ameno?

O chefe não tinha havia desenvolvido as técnicas de observação da natureza da mesma forma que seus ancestrais. Para não demonstrar insegurança, olhou para o céu por algum tempo, estendeu as mãos para sentir os ventos e em tom sereno e firme disse:

– Teremos um inverno muito forte. É bom colher muita lenha!

Na semana seguinte, preocupado com a previsão, ligou para o serviço de Meteorologia e ouviu a resposta:

– Sim. O inverno deste ano será muito frio!

Sentindo-se mais seguro, dirigiu-se a seu povo novamente:

– É melhor recolhermos mais lenha, teremos um inverno rigoroso!

Uma semana depois, ligou novamente para o Serviço Meteorológico para confirmar a previsão:

– Como vocês sabem que teremos um inverno tão rigoroso?

– É que este ano os índios estão recolhendo lenha pra caramba…

Fontes

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