Explore tudo – Place Hacking

A origem do termo Hacker está relacionada ao verbo cortar nas línguas germânicas. O termo desenvolveu-se vindo a ser associado ao ato de modificar ou inventar algo para realizar funcionalidades que não as originais. Assim, observa-se que o termo tem uma definição mais ampla do que aplicado somente na informática, mas também para qualquer atividade humana que fuja do convencional, gerando resultados criativos (veja mais no post sobre Criatividade).

No Wikipedia, um hacker é definido como “indivíduo que se dedica, com intensidade incomum, a conhecer e modificar os aspectos mais internos de dispositivos, programas e redes de computadores – veja mais sobre o termo no site Oficina da Net. Graças a esses conhecimentos, um hacker frequentemente consegue obter soluções e efeitos extraordinários, que extrapolam os limites do funcionamento ‘normal’ dos sistemas como previstos pelos seus criadores“. Foi adaptado na década de 1950 num grupo chamado Tech Model RailRoad Club (TMRC) que chamavam as modificações inteligentes que faziam nos relês eletrônicos de ‘hacks’. Quando as máquinas TX-0 e PDP-1 chegaram ao mercado os membros do TMRC começaram a utilizar o mesmo jargão para descrever o que eles estavam fazendo com a programação de computadores.

Parque de Ciência e Tecnologia (Cientec/USP): espaço de divulgação científica e área de preservação ambiental. Prédios históricos da década de 1930 podem ser observados do alto da caixa d'água.
Parque de Ciência e Tecnologia (Cientec/USP): espaço de divulgação científica e área de preservação ambiental. Prédios históricos da década de 1930 podem ser observados do alto da caixa d’água, a 28 metros de altura. Veja mais sobre o Parque Cientec clicando no link e um vídeo feito no topo dessa caixa d’água no post sobre teodolito.

Um movimento batizado de “Place Hackers” vem ganhando força internacionalmente. São exploradores urbanos que encontram aventura e muitas vezes perigo em locais que grande parte das pessoas não ousa entrar. A prática envolve entrar em bases militares desativadas, estações de energia, construções abandonadas, túneis, esgotos, telhados de edifícios, pontes e outros lugares onde as pessoas não costumam ir (muitas vezes por falta de uma autorização).

Também recebendo a denominação “Urbex” (de “urban exploration”), a atividade muitas vezes extrapolar os limites do urbano. “A ideia da exploração urbana está em revelar o que está escondido do mundo”, explica Bradley Garrett, acadêmico da Universidade de Oxford e autor do livro “Explore Everything: Place-Hacking the City“. Muitas vezes, lugares do nosso cotidiano precisam ser redescobertos. Locais aparentemente desinteressantes podem surpreender, desde vistas únicas da cidade até obras de arte esquecidas e arquitetura histórica. “O objetivo da exploração não fica somente no ato de encontrar estes locais, mas também fotografá-los e divulgá-los para outras pessoas”, concluiu.

A beleza é algo subjetivo. Muitas pessoas tem verdadeiro fascínio por visitar e fotografar lugares abandonados, como fábricas, túneis, catacumbas, parques ou cidades inteiras abandonadas. Geralmente, o acesso ao local e sua visitação (muitas vezes restrita) já são uma aventura, tornando o passeio uma experiência única. Os resultados costumam gerar imagens impressionantes, mostrando a beleza no caos e na decadência.

Para entender melhor e ver como vale visitar esses lugares, veja as fotos nos sites abaixo e alguns lugares em que estive:

Por último, um lugar bem curioso e inóspito para se visitar, a Fordlândia. Essa cidade foi construída pela Ford para extrair o látex das seringueiras, que virariam pneus para os carros, mas foi rapidamente abandonada, tornando-se uma cidade fantasma.

Veja mais fotos

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