Uma Reserva Biológica tem como objetivo a preservação integral do conjunto de seres vivos do ecossistema e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais. É de posse e domínio públicos, sendo proibida a visitação pública, exceto aquela com objetivo educacional e a pesquisa científica sob autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas.
A Reserva Biológica do Jaru localiza-se no município de Ji-Paraná, em Rondônia, criada em parte de área de antiga Reserva Florestal em 1961. Ocupa uma área de pouco mais de 353 hectares coberta pela Floresta Amazônica. Durante a estação seca de 2010 foi realizada uma campanha científica para obter dados para estudos nas áreas de Meteorologia e Biologia.
Para chegar em Ji-Paraná, pode-se pegar um voo da capital do estado, Porto Velho, ou de Cuiabá (MT). Um transporte utilizado é a Toyota Bandeirante. Da cidade, segue-se por uma estrada asfaltada até Ouro Preto D’Oeste, a BR-364 (rodovia que liga São Paulo ao Acre). Entra-se em uma estrada estadual, que depois vira uma estrada de terra, até a foz do rio Jaru (trecho por volta de 70 km). Lá, na chamada “Boca do Jaru“, existe um pequeno porto improvisado, de onde pode-se pegar um barco com motor (conhecido como voadeira), anteriormente contratado em Ji-Paraná.
Do outro lado da margem existe um acampamento do antigo IBAMA (coordenadas -10.069178,-61.972432), atual ICMBio (Instituto Chico Mendes). O posto possui uma ligação via satélite, única forma de telecomunicação, conhecido como autotrac. O equipamento instalado é composto de uma antena e um terminal de dados (tela e display) além de uma série de sensores e atuadores. A mensagem deve ser digitada e enviada para Brasília, sendo lida por uma pessoa em horário comercial e repassada conforme orientação da própria mensagem.
Ao embarcar na “voadeira”, deve-se subir o rio Machado (ou Ji-Paraná) por mais 12 km para chegar na sede (coordenadas -10.145039,-61.90804). Algumas casas de madeira envoltas em telas mosquiteiro servem de abrigo. Existem salões com salas, banheiros com fossa, cozinha, dormitórios e gerador (deve-se levar a gasolina para seu funcionamento e gerar energia elétrica a noite). Há uma torre de telefone rural instalado na sede, porém não há disponibilidade de linhas rurais e nem previsão para esta disponibilização. Existe a previsão da sede ser equipada com internet via satélite.
Subindo novamente o rio por mais alguns quilômetros, atinge-se o início de uma trilha terrestre mata adentro. Ela fica poucos minutos de barco antes da fronteira da “Rebio” com as terras indígenas, mais ao sul. Seguindo a trilha a pé por mais alguns minutos, é atingida uma torre micrometeorológica. A torre é construída em alumínio, tem 60 metros de altura, foi instalada no final de 1998 e possui equipamentos para medir radiação atmosférica, precipitação, velocidade do vento, fluxo de calor, umidade, temperatura do ar e do solo. A campanha levou equipamentos para medir fotossíntese e absorção de radiação, instalados em andaimes erguidos ao redor de cada árvore a serem coletados os dados, assim como ozônio e radiação atmosférica, instalados na torre.
Fechando o post, veja esse vídeo feito de uma família de capivaras à beira do rio Machado. A segunda parte mostra uma capivara na sede, fazendo o seu “barulho característico”.
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