Filadélfia

Seu nome vem do grego e significa “amor fraternal”. Fundada em 1682, Filadélfia fica no estado norte-americano da Pensilvânia e já foi a segunda maior cidade do império britânico (logo após Londres). Desempenhou um papel de grande importância na época das Treze Colônias e nos primeiros anos da independência dos Estados Unidos. Grande parte desta proeminência deve-se à ação de Benjamin Franklin, habitante da cidade e de quem partiram muitas ideias que, germinadas, ocasionaram na Revolução Americana e a subsequente independência do país.

Benjamin Franklin Bridge. Foto: ViniRoger

Antes da chegada dos europeus, cerca de 20 mil índios, pertencentes à Nação Algonquin viveram no Delaware Valley. Os primeiros colonos eram suecos, holandeses e ingleses. Em 1681, o rei Carlos II, da Inglaterra, concedeu uma carta para William Penn (1644-1718) em troca do cancelamento de uma dívida do governo adquirida durante o reinado de seu pai. Penn era um Quaker Inglês, fazendo parte de um grupo perseguido na Inglaterra, que rejeitava a hierarquia eclesiástica e defendiam a igualdade, a tolerância e a não-violência – ele comprou as terras dos índios que viviam por lá e assinou um tratado de amizade em 1682.

No fim do século XVIII, Filadélfia foi o “centro real do revolucionário Iluminismo”, em particular, sob a influência de Benjamin Franklin (1706-1790). Era dotada de instalações, edifícios públicos e infra-estrutura urbana à frente de outras cidades americanas. Grupos resistiram às medidas fiscais impostas pela cidade e incitou os colonos a boicotar produtos britânicos.

A cidade sediou o Primeiro Congresso Continental no Hall Carpenters. Durante a Guerra da Independência, a reunião organizada do Exército Continental, definiu o papel-moeda emitido e as relações internacionais do país. Os delegados assinaram a Declaração de Independência em 4 de julho de 1776. A convenção constituinte reuniu-se em Filadélfia, em 1781, para elaborar uma Constituição. Este texto foi assinado no Independence Hall, em setembro de 1787. O Congresso Continental se mudou para Nova Iorque em 1785, mas sob a pressão de Thomas Jefferson, ele novamente voltou para Filadélfia em 1790, que serviu por dez anos como capital provisória dos Estados Unidos, enquanto Washington D.C era projetada.

Filadélfia é uma cidade bem organizada e com um eficiente sistema de metrôs. No entanto, as atrações turísticas ficam bem próximas entre si, sendo possível fazer tudo a pé mesmo – ou correndo, se quiser dar uma de Rocky Balboa :P. Basicamente, as atrações ficam nos arredores de dois lugares da cidade: Museu de arte e Independence Mall (a leste, nas margens do rio Delaware e de onde se vê a Benjamin Franklin Bridge). O meio do caminho entre os dois lugares também vale a pena conhecer, com o bairro de Chinatown, o prédio da Prefeitura e o Reading Market.

Museu de arte de Filadélfia

Criado em 1876, o Philadelphia Museum of Art é um dos maiores e mais importantes museus dos Estados Unidos. Conhecido localmente como o The Art Museum, sua coleção abriga mais de 225.000 objetos de várias partes do mundo de diferentes épocas, como esculturas e pinturas da China, Japão e Índia, cerâmicas da Coreia, carpetes persas e turcos, quadros de Pablo Picasso e Marcel Duchamp, etc.

Philadelphia Museum of Art. Foto: ViniRoger

Além de sua arquitetura e suas coleções, o museu é famoso por ser cenário de uma famosa cena dos filmes de Rocky Balboa, interpretado por Sylvester Stallone: durante seus treinos, Rocky sobe correndo a escada e pula voltado para a cidade, fechando a música. É comum ver os visitantes imitarem a famosa cena das escadarias, que agora são normalmente chamadas de Rocky Steps. Uma estátua de bronze foi feita do personagem no local do salto, posteriormente deslocada para próximo do pé da escadaria.

O museu fica de frente para uma larga avenida, onde estão também o Museu Rodin (a maior coleção de obras de Auguste Rodin fora da França) e a Fundação Barnes.

Eastern State Penitentiary

A Penitenciária Estadual do Leste é considerado a primeira verdadeira penitenciária do mundo. Inaugurada em 1829, os presos eram alojados em celas que só podiam ser acessadas por meio de um pequeno pátio de exercícios, cercada por muros altos para que os prisioneiros não pudessem se comunicar. Havia aberturas retangulares na parede da cela, através das quais materiais de comida e trabalho podiam ser passados ​​para o prisioneiro, bem como orifícios para que os guardas observassem os prisioneiros sem serem vistos. A arquitetura possui um olhar neogótico, para instilar medo naqueles que pensavam em cometer um crime novamente. Criminosos notórios, como Al Capone e o ladrão de bancos Willie Sutton, estiveram presos lá.

A prisão foi fechada em 1971. Durante a era abandonada (do fechamento até o final dos anos 80), uma “floresta” cresceu nos blocos das celas e dentro das paredes. Depois, partes foram restauradas e virou um museu. Os visitantes podem entrar em várias celas de confinamento solitário especialmente marcadas, mas a maioria delas permanece fora dos limites e preenchida com escombros e detritos originais de anos de negligência.

National Constitution Center

Museu de prédio contemporâneo, cujo objetivo é o de divulgar informações sobre a Constituição dos Estados Unidos. em uma base apartidária, a fim de aumentar a conscientização e compreensão da Constituição entre o povo americano. Possui uma das 12 cópias sobreviventes da Declaração de Direitos exibida ao lado de uma gravura em pedra da primeira edição da Declaração de Independência e uma cópia rara do primeira impressão pública da Constituição dos EUA, além de estátuas em tamanho real dos signatários da Constituição na Sala dos Signatários.

Liberty Bell Center

Uma vez colocado no campanário da Pennsylvania State House (agora renomeado Independence Hall), o sino hoje está localizado no Liberty Bell Center. O sino foi encomendado em 1752 pela Assembléia Provincial da Pensilvânia e foi gravado com a mensagem “Proclamação da Liberdade em Toda a Terra a todos os Seus Habitantes” (Levítico 25:10).

Liberty Bell. Foto: ViniRoger

Em seus primeiros anos, o sino foi usado para convocar legisladores para sessões legislativas e para alertar os cidadãos sobre reuniões e proclamações públicas. Depois que a independência americana foi garantida, o sino caiu em relativa obscuridade até que, na década de 1830, o sino foi adotado como um símbolo pelas sociedades abolicionistas, que o apelidaram de “Sino da Liberdade”.

O sino adquiriu sua famosa rachadura em algum momento no início do século 19. Sua visita é gratuita e pode ser visto no final de uma exposição sobre aspectos culturais relacionados ao sino – ou pelo vidro, do lado de fora.

Independence Hall

Prédio onde tanto a Declaração de Independência dos Estados Unidos quanto a Constituição dos Estados Unidos foram debatidas e adotadas. O edifício foi concluído em 1753 como a Casa do Estado da Pensilvânia. Próximos, estão o Congress Hall e o Old City Hall (antiga câmara municipal), além do 1º e 2º bancos dos Estados Unidos, Carpenter’s Historic Hall, Museu militar e Museu da Revolução Americana.

Independence Hall. Foto: ViniRoger

Franklin Square

Fica entre o centro histórico (old city) e Chinatown. É um típico parque de filme americano, com carrossel, fonte, mini golfe e lanchonetes, onde pode-se saborear “hot dogs” e “lemonades” a preços razoáveis.

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