Ferrorama SL-5000 montado com maquete

O Ferrorama é um brinquedo licenciado para fabricação no Brasil pela Estrela. Relançado nos anos 2010, foi um grande sucesso nos anos 1980 e 1990, com vários modelos e algumas gerações. O modelo SL-5000 é o maior Ferrorama já fabricado, e também o mais procurados pelos fãs do brinquedo.

Manutenção das locomotivas

Quando as locomotivas ficam inativas por muitos anos, são necessários alguns reparos (fonte: Gabriel Ramos – Restauro Ferrorama):

  • abrir compartimento das engrenagens com chave de fenda, fotografando antes para guardar as posições de todas as peças;
  • retirar peças e limpar, tirando cabelo e graxa velha, além dos contatos das pilhas (podem estar oxidados);
  • lubrificar tudo, principalmente motor, e remontar, conferindo se os contatos elétricos e mecânicos continuam em seus lugares;
  • forçar movimento das rodas NO SENTIDO QUE A ALAVANCA DE TROCA DE DIREÇÃO ESTÁ para espalhar lubrificação e “pegar no tranco”.

Caso não tenha duas pilhas médias (tipo C, com 2,62 cm de diâmetro) para uso, pode ser adaptado um suporte com cartolina dobrada para acomodar duas pilhas AA. Elas também possuem tensão de 1,5V, apesar de serem mais finas e terem menor durabilidade.

Engrenagens das locomotivas elétrica e à vapor, respectivamente. Fotos: ViniRoger

Montagem dos trilhos e da maquete

O circuito sugerido pelo manual de instruções pode ser montado em uma área plana equivalente a um retângulo de 2,90 m x 1,60 m (com folga).

Quanto à maquete improvisada, quatro folhas de papel kraft foram espalhadas sob a área e pintadas com tinta spray para representar as áreas gramadas e ruas de terra. Antes da pintura, foram feitos desenhos de lápis HB para marcar as áreas para pintura, retirando-se o papel para pintura em área externa. Foi usada quase uma latinha inteira de spray verde claro.

Seis edificações de uma antiga maquete também foram inseridas. Como estão muito avariadas, imagine que teve uma ventania muito forte que chegou a arrancar alguns telhados 😛 . Também foram inseridos, carrinhos de metal e miniaturas de monumentos com escala semelhante.

Dentre os cenários montados na maquete, no estilo “Onde está Wally”, estão:

  • estação, com ônibus de turismo
  • estacionamento
  • igreja
  • cruzamento de ruas com cancela e trilhos
  • aeródromo civil/militar
  • invasão alienígena com herói robô japonês
  • corrida em circuito oval
  • fazenda com galpão, cercas e animais
  • lago recreativo
  • casa com torre de controle de trens
  • estação de trem com desvios
  • ramal com engate/desengate e torre com relógio
  • armazém de cereais
  • praça central com monumento
  • canteiro de obras

Vídeos do Ferrorama

Foram feitos quatro vídeos, dispostos na playlist a seguir (trechos filmados/fotografados com dois celulares, editados com os softwares Openshot/Audacity/Gimp e estabilizados com Stabilizo):

O primeiro vídeo mostra a caixa e o processo de montagem do SL-5000, dos trilhos à maquete, e seu funcionamento visto de cima. Depois, a maquete é apresentada em outro ponto de vista, começando com uma adaptação da chegada de Jill McBain ao vilarejo do filme “Era uma vez no Oeste” (cena essa repetida no filme “De Volta Para o Futuro 3”), partindo para um voo rasante seguindo os trilhos ao som da música tema do filme. O vídeo termina com “cenas do próximo vídeo”.

O segundo vídeo começa com um sobrevoo acompanhando a Maria Fumaça e o trem elétrico em todo o circuito, ao som da música do trailer de “De Volta Para o Futuro 3” e das próprias locomotivas – com direito a “replay”. Ao fim do voo, são apresentados um quase acidente seguido de uma colisão entre trens.

Na sequência, é representada a cena inicial do filme “Era uma vez no Oeste”, em que o trem parte e o protagonista toca uma gaita, anunciando sua presença no povoado aos capangas de Frank, ao som da música “Man with harmonica”. As cenas seguintes contam com alguns closes das locomotivas em funcionamento e som original: engates (Elétrico e Maria Fumaça), cancela com carros (com vista de cada lado), retorno e desvio. O vídeo é finalizado por uma curva com as duas locomotivas passando à noite para se despedir, seguido das “cenas do próximo vídeo”.

E se você estivesse a bordo em um dos trens de Ferrorama? Essa é a proposta do terceiro vídeo da série. O vagão-tanque foi desparafusado e retirada a metade superior, transformando o conjunto restante em uma base para câmera (conforme foto a seguir). O passeio parte do desengate, seguindo por todo o circuito através de chaveamentos no desvio duplo. O passageiro está sentado do lado esquerdo do trem, mas “câmeras instaladas” na traseira, dianteira e lateral direita do trem no detalhe superior direito.

Locomotiva e vagão-tanque adaptado para carregar um pequeno celular com câmera. Foto: ViniRoger
Locomotiva e vagão-tanque adaptado para carregar um pequeno celular com câmera. Foto: ViniRoger

No último vídeo, é apresentado o DeLorean, a máquina do tempo do filme “De Volta para o Futuro 3”, e a locomotiva à vapor. A máquina do tempo, que está com o motor quebrado no Velho Oeste de 1885, deve ser empurrada por uma locomotiva até atingir 88 milhas por hora e viajar no tempo. Quando o carro chega em 1955, ainda na mesma ferrovia, o carro passa por uma cancela e é atingido por um trem moderno. Foi utilizado um DeLorean Hot Wheels para as filmagens – ele tem mesma bitola dos trens do Ferrorama, já que a escala é a mesma.

Rodinhas sob DeLorean no filme "De Volta Para o Futuro" e DeLorean Hot Wheels
Rodinhas sob DeLorean no filme “De Volta Para o Futuro” e DeLorean Hot Wheels

Para aqueles que acharam a reconstrução pouco fidedigna às cenas originais dos filmes homenageados, saibam que o final e algumas cenas de 1955 do filme “De Volta Para o Futuro 1” foram refilmadas na sequência “De Volta Para o Futuro 2”, com várias coisas diferentes da filmagem original. Aliás, a trilogia fez várias reconstruções de cenas de outros filmes, principalmente de faroeste. Além disso, o DeLorean andava com rodinhas embaixo, assim como o carrinho “Hot Wheels” faz nos trilhos do trem.

E falando em miniatura de DeLorean, segue um vídeo do restauro de uma:

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6 comments

  1. Adorei a matéria. Tirou várias dúvidas. Eu tenho um Ferrorama sl5000 completo e na caixa. Claro, a caixa já teve dias melhores 😁
    Não encontrei nada sobre os valores de revenda na internet. Pode me ajudar?

    1. Oi Bruno, que bom que gostou da matéria, obrigado pelo comentário! Acho que a caixa não teve um projeto suficientemente resistente, porque já vi colecionadores reforçando caixas boas para evitar que rasgassem. Sobre sua dúvida, eu buscaria pelo Ferrorama em sites de vendas online como Mercado Livre e OLX, comparar o estado de conservação deles e estimar um valor para o seu.

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