A nuvem cirrostratus (Cs) foi definida inicialmente por Howard (1803) e complementada por Renou (1855). Seu nome em latim é formado pela união das palavras cirrus (fibroso, encaracolado) e stratus (camada horizontal). Ela é classificada como sendo de estágio alto, ou seja, forma-se entre 6 e 18 km de altura em região tropical, entre 5 e 13 km em região temperada e entre 3 e 8 km em região polar.
“Véu de nuvem esbranquiçada transparente de aparência fibrosa (semelhante a cabelo) ou lisa, cobrindo total ou parcialmente o céu, frequentemente produzindo fenômenos de halo.”
Definição da nuvem Cirrostratus segundo o Atlas Internacional de Nuvens da Organização Meteorológica Mundial
Algumas vezes a camada é tão tênue que o halo é o único indício de sua presença, e o céu fica “leitoso”. Certas vezes, as bordas estão nitidamente cortadas, mas na maioria das vezes, são franjadas de cirrus. Constituíds basicamente por cristais de gelo, a luz que os atravessa pode gerar diferentes fenômenos ópticos, como o halo.
A cirrostratus nunca é suficientemente espessa para suprimir as sombras projetadas pelos objetos no solo, exceto quando o sol está baixo no horizonte.
Geralmente indica a aproximação de uma frente quente e que o distúrbio está apenas entrando na área. A sequência de nuvens cirrus a cirrostratus e altostratus dá a expectativa de nimbustratus e chuva.
Existem as sub-divisões: (a) cirrostratus com azimute acima e abaixo de 45° para efeitos de coloração segundo a posição do sol; (b) cobrindo todo o céu; (c) ambas significando aproximação do distúrbio; (d) não aumentando e não cobrindo todo o céu.
Visto como nuvens frias em imagens de infravermelho, as cirrostratus aparecem também em imagens visíveis, dependendo da densidade e da capacidade de refletir luz.
Diferentemente da cirrus, a cirrostratus apresenta-se sob a forma de um véu, de grande extensão horizontal. Pelo seu aspecto difuso e homogêneo, também diferencia-se das cirrocumulus e altocumulus. Por formar halos e ter uma baixa espessura, diferencia-se da altostratus e stratus. Também é diferente de uma névoa seca pela tonalidade acastanhada deste fenômeno.
Nuvens semelhantes a cirrostratus ocasionalmente se formam em regiões polares da estratosfera inferior. As nuvens estratosféricas polares podem assumir essa aparência quando compostas de minúsculas gotículas super-resfriadas de água ou ácido nítrico.
Espécies (só pode ser uma)
- fibratus (fib): possui fibras/filamentos, sem ganchos.
- nebulosus (neb): enevoado/nebuloso/opaco, sem estrutura.
Variedades (pode ser mais de uma)
- duplicatus (du): repetido (duas camadas em alturas diferentes).
- undulatus (un): ondulações distintas (vento é perpendicular às “ruas” de nuvens).
As espécies de Cirrostratus não possuem variedades baseadas em opacidade, pois são sempre translúcidas. Duas variedades baseadas em padrões são às vezes vistas com a espécie fibratus. Variedades baseadas em padrões não são comumente associadas à espécie nebulosus devido à sua falta de padrões.
Nuvens anexas e características suplementares
Cirrostratus não produz precipitação ou virga, e não é acompanhado por nenhuma nuvem acessória.
Nuvens-mãe e nuvens especiais (genitus)
- Cirrocumulus
- Cumulonimbus
Sua formação pode ser: (a) ascensão lenta, a níveis bastante elevados, de camadas de ar de grande extensão horizontal; (b) fusão de cirrus ou de elementos do cirrocumulus; (c) pela expansão da bigorna de um cumulunimbus (Cirrostratus fibratus cirrocumulogenitus) ou de uma altostratus;
Nuvens-mãe e nuvens especiais (mutatus)
- Cirrus
- Cirrocumulus
- Altostratus
- Homo
Cirrostratus fibratus cirromutatus ou cirrocumulomutatus são o resultado de uma transformação completa dos tipos de gênero cirrus e cirrocumulus. Cirrostratus nebulosis altostratomutatus resulta quando uma camada altostratus nebulosus altamente cinza se afina em uma camada esbranquiçada de nuvem alta sem características.
Veja outros gêneros de nuvens a partir de sumário na página Atlas de Nuvens.
Referências
- Howard, L. (1803) On the modifications of clouds. Philosophical Magazine; reprinted in Neudrücke von Schriften und Karten über Meteorologie und Erdmagnetismus, 3, Berlin, 1894.
- Renou, E. (1855) Instructions météorologiques. Annuaire de la Société Météorologique de France, 3: 142–146.
- Laboratório MASTER (IAG/USP) e MAMET MA-105-2A
- Wikipedia – Cirrostratus cloud
- Cloud Atlas – Cirrostratus
- WhatsThisCloud – Cirrostratus Clouds: Pale, Veil-like Layer