Super Tucano e AMX

O Memorial Aeroespacial Brasileiro fica em São José dos Campos, ao lado da fábrica da EMBRAER – é possível observar algumas aeronaves construídas esperando no pátio para serem entregues aos clientes que as encomendaram. Também fica em frente ao Aeroporto de São José dos Campos Prof. Urbano Ernesto Stumpf, próximo ao Instituto de Tecnologia Aeronáutica e é parte do Centro de Tecnologia Aeronáutica da Força Aérea Brasileira. No Memorial, várias aeronaves estão expostas ao ar livre e um galpão conta com grande acervo tecnológico.

Primeiro treinador básico turboélice a utilizar assentos de ejeção, o EMB 312 Tucano reuniu eficiência e economia no treinamento de pilotos militares. Suas primeiras entregas para a FAB foram em 1983, com sucesso internacional até o final da década (clique no link para conhecer melhor o avião T-27 Tucano). Nos anos 1990, a Embraer começa a desenvolver a expansão de suas capacidades como plataforma de ataque leve e outras missões armadas, levando ao Super Tucano. Em 2011, o avião de prefixo PT-ZTW foi recuperado, mantendo a pintura original estilo “Ana Raio”. O modelo é utilizado por vários países, além do Brasil.

Caça subsônico AMX. Foto: ViniRoger.
Caça subsônico AMX. Foto: ViniRoger.

Uma associação entre as empresas Aeritália (hoje Alenia) e Macchi (hoje Aermacchi) criou, em 1978, o programa do caça subsônico AMX. A Embraer responderia por um terço do programa e dos custos, sendo responsável pela fabricação das asas, tomadas de ar do motor, estabilizadores horizontais, pilones subalares, tanques de combustível e participando ativamente de todo o projeto. O AMX foi concebido como avião monomotor, monoposto, especializado para missões de ataque, privilegiando robustez e confiabilidade para missões de alta exposição, com longo alcance (incluindo capacidade de reabastecimento em voo). Foi equipado com turbinas Rolls-Royce, atingia 750 km/h e era um “avião invisível”, ou seja, sua Caixa de Contra-Medidas Eletrônicas (ECM) emitia sinais contínuos para confundir o radar ou qualquer outro tipo de sensoriamento. Sua apresentação oficial e primeiro voo ocorreram em 1985.

Um Super Tucano e um AMX estão expostos no Museu Aeroespacial no Rio de Janeiro (clique nos links para ver as fotos e resumo de cada um).

Em 2017, o Museu da Casa Brasileira, em São Paulo, realizou a exposição Design na aviação brasileira. A mostra contava a história da criação de aeronaves no Brasil, com maqueste desde o primeiro balão de ar quente criado pelo padre Bartolomeu de Gusmão, em 1709, ao novo avião cargueiro KC-390. No jardim, ficou exposto o primeiro protótipo do A-29 Super Tucano, ao lado de uma réplica interativa da primeira máquina voadora criada pelo italiano Leonardo Da Vinci.

Super Tucano em exposição no Museu da Casa Brasileira. Foto: ViniRoger

A exposição ainda contava com o planador Urupema logo no portão de entrada (o primeiro produzido no Brasil, em escala 1:2), maquetes dos principais modelos de aeronaves já desenvolvidos no Brasil, desenhos preparatórios dos aviões feitos a mão em papel vegetal, vídeos de ensaios, modelos, documentação fotográfica, um pequeno túnel de vento para demonstrar a sustentação aerodinâmica que permite o voo, motor turbo-hélice de um Bandeirante (EMB-110) e o trem de pouso de um jato comercial ERJ-145, além de um pedaço de 5 metros de uma asa do jato E-190 da Embraer.

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