Cidade imponente e multifacetada, Londres tem uma história que remonta a milênios. Situada às margens do rio Tâmisa, sua história é um mosaico de conquistas, culturas e transformações que moldaram seu caráter único.
Os primeiros vestígios de assentamento humano na região datam de cerca de 6.000 a.C., quando tribos pré-históricas começaram a estabelecer comunidades ao longo das margens do rio. Isso foi ainda antes da construção de Stonehenge: um monumento megalítico pré-histórico localizado a 90 milhas de distância para oeste de Londres. Formado por círculos concêntricos de pedras que chegam a ter 5 metros de altura e a pesar quase 50 toneladas, teria sido construído por comunidades neolíticas com fins religosos ou astronômicos, já que apresenta um alinhamento com eventos astronômicos importantes, como os solstícios de verão e inverno.
No entanto, foi com a chegada dos romanos por volta do século I d.C. que Londres começou a florescer como um importante centro urbano. Os romanos construíram a cidade de Londínio (Londinium em latim), que se tornou um importante ponto de comércio e administração no Império Romano da então província de Britânia. Dentre as construções, estão templos, anfiteatros, muralhas defensivas e o famoso porto romano.
Após o declínio do Império Romano, Londres passou por períodos turbulentos de invasões e domínios. Os anglo-saxões deixaram o idioma, que evoluiu para o inglês antigo e posteriormente para o inglês moderno. Os vikings trouxeram influências na arte, na navegação e no comércio. A conquista normanda da Inglaterra em 1066 sob o comando de Guilherme, o Conquistador, introduziu o feudalismo e deixou uma marca na arquitetura, construindo castelos, fortificações e a Catedral de Westminster.
Durante a Idade Média, Londres se tornou a capital da Inglaterra e um dos principais centros comerciais da Europa, impulsionado pelo comércio de lã e pela influência da Liga Hanseática. Nos séculos seguintes, Londres enfrentou desafios como a Peste Negra, que devastou a população, e o Grande Incêndio de 1666, que destruiu grande parte da cidade medieval, dando lugar à reconstrução sob a orientação de arquitetos renomados, como Sir Christopher Wren, cujas obras-primas incluem a majestosa Catedral de São Paulo.
O domínio colonial britânico no século XIX consolidou ainda mais o poder e a influência de Londres, tornando-a o coração do vasto Império Britânico. A Revolução Industrial trouxe um rápido crescimento econômico e uma expansão urbana sem precedentes, com a construção de ferrovias, fábricas e bairros operários.
No século XX, Londres emergiu como uma metrópole global, enfrentando desafios como as Guerras Mundiais e os bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial, que deixaram cicatrizes profundas na cidade. No entanto, Londres se reconstruiu mais uma vez e se transformou em um centro cultural, financeiro e político de renome mundial.
A entrada da Inglaterra na União Europeia, em 1973, marcou um ponto crucial na história do país e nas relações internacionais europeias. No entanto, nunca aderiram ao Euro, mantendo a Libra como sua moeda. Em 2016, após um referendo histórico, o povo britânico votou a favor da saída da União Europeia, um evento popularmente conhecido como Brexit.
Principais atrações turísticas
A Abadia de Westminster é uma igreja gótica famosa por suas conexões com a realeza britânica e por ser o local de coroação e sepultamento de muitos monarcas. Fundada no século X, a abadia é palco da coroação dos reis britânicos desde 1066. Para além dos monarcas, no local estão também sepultadas algumas das figuras mais importantes da história do Reino Unido, como o matemático Isaac Newton, o astrofísico Stephen Hawking ou o cientista Charles Darwin.
O Parlamento Britânico, situado no Palácio de Westminster, é o centro do poder legislativo do Reino Unido. Sua história remonta ao século XI, quando o palácio foi construído como residência real. O parlamento moderno evoluiu a partir das instituições medievais de governo e atualmente é composto pela Câmara dos Lordes e pela Câmara dos Comuns.
O Big Ben é o apelido do grande sino do relógio situado na Torre Elizabeth, no Palácio de Westminster. Embora muitas vezes erroneamente utilizado para se referir à torre em si, o termo se tornou sinônimo do famoso relógio e sua torre icônica. Construído no século XIX como parte da reconstrução do Palácio de Westminster após um incêndio, o relógio é uma das atrações mais reconhecíveis de Londres e um símbolo duradouro do país.
O Palácio de Buckingham é uma das residências oficiais da monarquia britânica em Londres, e um ícone da realeza. Construído no século XVIII, originalmente como uma residência particular, foi adquirido pela Coroa em 1761 e desde então tem sido utilizado pelos monarcas como residência oficial. O palácio é famoso por suas imponentes fachadas, suas cerimônias de troca da guarda e por ser o cenário de importantes eventos reais.
A Catedral de São Paulo (St. Paul’s Cathedral) é uma das mais emblemáticas e imponentes igrejas de Londres, conhecida por sua majestosa cúpula e sua rica história. Construída após o Grande Incêndio de Londres, no século XVII, a catedral é um marco arquitetônico e espiritual. É palco de importantes eventos religiosos, como casamentos reais e funerais de figuras proeminentes da história britânica, e oferece vistas deslumbrantes da cidade a partir de sua cúpula.
Trafalgar Square é uma das praças mais famosas de Londres, conhecida por seu monumento central, a Coluna de Nelson, e pela sua associação com eventos históricos e culturais. Construída no início do século XIX para comemorar a Batalha de Trafalgar, a praça tornou-se um importante ponto de encontro e palco de manifestações e celebrações ao longo dos anos. É cercada por importantes instituições culturais, como a National Gallery.
O British Museum é uma das maiores e mais abrangentes instituições de arte e história do mundo, com uma vasta coleção que abrange milhares de anos e culturas. Fundado em 1753, o museu abriga uma impressionante variedade de artefatos, desde a Antiguidade Clássica até civilizações africanas, asiáticas e americanas. É famoso por suas coleções de antiguidades egípcias, gregas e romanas, bem como pela controversa questão da restituição de artefatos culturais. Mesmo sendo de entrada gratuita, deve-se realizar o agendamento pelo site – faça com antecedência para garantir um bom dia e horário, pois é uma atração concorrida.
A Torre de Londres, juntamente com a Ponte da Torre (Tower Bridge), é um complexo histórico que desempenhou diversos papéis ao longo dos séculos, desde fortaleza real até prisão e local de execução. Construída no século XI por Guilherme, o Conquistador, a Torre de Londres é um símbolo da história militar e política da Inglaterra. A Ponte da Torre, inaugurada em 1894, é uma obra-prima da engenharia vitoriana e uma das pontes mais reconhecíveis do mundo, com suas torres góticas e sua estrutura levadiça. Os horários em que acontece seu levantamento podem ser vistos nesse site.
Londres e suas proximidades apresentam varias outras atrações. O Covent Garden, com suas ruas de paralelepípedo, mercado e casas bem cuidadas de tijolos aparentes, evocam a rica herança arquitetônica da região. Essas construções históricas, muitas das quais datam dos séculos XVII e XVIII, adicionam um charme único ao cenário. A Leicester Square possui estátuas de personagens icônicos do cinema, como Charlie Chaplin, Mary Poppins, Mr. Bean e o urso Paddington, personagem querido de livros infantis e filmes e que tem bichos de pelúcia a venda pela cidade toda.
O Hyde Park, um dos maiores e mais famosos parques de Londres, foi aberto ao público em 1637. No interior do parque, encontra-se o Kensington Palace, uma residência real que remonta ao século XVII. Ao longo dos anos, o palácio foi lar de várias figuras importantes da realeza britânica, incluindo a Rainha Victoria, a Princesa Diana e atualmente o Duque e a Duquesa de Cambridge, William e Catherine.
A faixa de pedestres icônica na Abbey Road, localizada em frente aos estúdios de gravação da EMI, é mais do que apenas um cruzamento de rua; tornou-se um destino de peregrinação para fãs de música de todo o mundo. Imortalizada na capa do álbum homônimo dos Beatles lançado em 1969, a imagem da banda atravessando a rua de forma casual capturou a imaginação de gerações.
O Leadenhall Market, com sua impressionante estrutura vitoriana de ferro e vidro, foi inaugurado em 1881. Para os fãs de Harry Potter, o mercado é instantaneamente reconhecível como o inspirador do Beco Diagonal, o famoso enclave mágico onde bruxos e bruxas compram seus itens essenciais. As arcadas elegantes, as lojas pitorescas e o ambiente encantador do mercado fornecem uma representação vívida e palpável do mundo mágico de J.K. Rowling.
O Observatório Real de Greenwich está localizado nos arredores de Londres e a um pouco mais do que 4 milhas de distância da Torre de Londres. Fundado em 1675 por ordem do Rei Carlos II da Inglaterra, o observatório foi estabelecido com o objetivo de mapear o céu e fornecer referências precisas para a navegação marítima. Uma de suas contribuições mais significativas foi a criação do Meridiano de Greenwich, uma linha imaginária que passa no local e divide o globo terrestre em hemisfério leste e oeste, sendo adotada como referência internacional para a medição de longitude. Em 1884, uma conferência internacional realizada em Washington, D.C. oficializou o Meridiano de Greenwich como o principal ponto de referência para a medição do tempo e das coordenadas geográficas.
