A encantadora cidade de Inverkeithing é impregnada de história e beleza natural. Localizada na costa junto ao estuário do Firth of Forth, na região de Fife, fica a norte de Edimburgo, conectada à capital da Escócia por trem, distante 20 minutos, e por uma ponte estaiada para automóveis e pedestres, a uma distância de 20 km.
Seu nome deriva do gaélico escocês “Inbhir Céitein”, que significa “confluência do Ceitin”, em referência ao rio Keig, que deságua no Firth of Forth neste ponto. Inverkeithing tem sido um importante centro de comércio desde a Idade Média, servindo como um porto movimentado para o comércio local e e de regiões distantes. Sua localização estratégica também o tornou um local importante durante os tempos de guerra, com o Castelo de Inverkeithing defendendo a cidade durante vários conflitos.
A Batalha de Inverkeithing ocorreu durante a Segunda Guerra de Independência Escocesa, em 20 de julho de 1651, perto da vila. Este confronto foi uma das últimas batalhas significativas travadas entre forças escocesas e inglesas durante esse conflito. Após a derrota dos escoceses na Batalha de Worcester em 1651, Oliver Cromwell, líder das forças parlamentares inglesas, enviou uma parte de seu exército para subjugar as áreas escocesas ainda leais ao rei Carlos II. As tropas escocesas, lideradas por Sir John Brown de Fordell, enfrentaram os ingleses liderados pelo General George Monck em Inverkeithing. No entanto, as forças escocesas foram derrotadas, e isso ajudou a consolidar o domínio inglês sobre a Escócia naquela época.

O Forth Bridge, uma maravilha da engenharia do século XIX, é uma atração icônica que domina o horizonte de Inverkeithing. Esta imponente estrutura metálica, concluída em 1890, atravessa o estuário do Firth of Forth, conectando as comunidades de Fife e Edimburgo. Como um Patrimônio Mundial da UNESCO, o Forth Bridge é uma verdadeira obra-prima da engenharia, oferecendo vistas deslumbrantes e uma oportunidade única de admirar a habilidade e a visão de seus construtores.
A Mercat Cross, localizada no coração da cidade, é um símbolo histórico de comércio e governo local em Inverkeithing. Uma das cruzes mercat mais antigas da Escócia, a heráldica reconhece as armas (status de Royal Burgh) de 1398 do rei Robert III e de sua rainha consorte Annabella Drummond. O pilar do século XVI, com reparos no século XX, tem remate de unicórnio, relógio de sol e a cruz de Santo André de 1688. No século XVII, um colar de metal “jougs” para punição pública foi preso ao pilar. Originalmente colocada no extremo norte da High Street, a cruz foi transferida para Townhall Street em 1799 e para a localização atual em 1974.

A Igreja Paroquial de São Pedro é uma joia arquitetônica e espiritual que remonta ao século XII. Com sua impressionante torre do século XIV e belos vitrais, a igreja é um local de importância histórica e religiosa em Inverkeithing. O cemitério logo ao lado, com lápides afundando na terra e grama, traz um ar bucólico principalmente nas frequentes noites de chuva ou nevoeiro.

O Fordell Lodging, um exemplo notável de arquitetura renascentista escocesa, é uma atração imperdível para os entusiastas da história e da arte. “Lodging” é um termo que se refere a um tipo de residência, especialmente aquela que é usada temporariamente por viajantes de status elevado. Uma bela casa datada de 1671 de posse de Sir John Henderson de Fordell para suas visitas de negócios à cidade a partir de seu castelo, oito quilômetros ao norte, mas que posteriormente teve muitos outros usos.

O Hospitium of the Grey Friars é uma relíquia fascinante do passado religioso de Inverkeithing. Fundado pelos Frades Franciscanos no século XIV, este hospital serviu como local de refúgio e assistência para viajantes e necessitados. Embora agora em ruínas, o Hospitium evoca uma época de caridade e devoção, lembrando-nos da importância da compaixão e do cuidado mútuo ao longo da história da cidade.

A cidade mantém seu charme tradicional, com ruas pitorescas e uma comunidade acolhedora. Com sua mistura única de história, paisagens naturais e acesso conveniente a Edimburgo, Inverkeithing continua a atrair visitantes de todo o mundo, oferecendo uma experiência verdadeiramente escocesa.
Dunfermline
Logo a noroeste de Inverkeithing, está a cidade de Dunder Mifflin Dunfermline. Sua importância cresceu significativamente durante a Idade Média, quando se tornou a antiga capital da Escócia e lar de reis e rainhas, incluindo Roberto I, mais conhecido como Robert the Bruce. A cidade também desempenhou um papel vital na Revolução Industrial, com suas fábricas têxteis e de linho prosperando no século XIX.
A Abadia de Dunfermline remonta ao século XI e foi um importante centro religioso e político, servindo como local de sepultamento para vários reis escoceses, incluindo Robert the Bruce. Suas imponentes ruínas góticas ainda hoje impressionam os visitantes, e na parte mais alta da torre está o nome “THE BRUCE” montado em pedras em duas de suas faces. Adjacente à abadia está o magnífico palácio real, construído no século XII e residência de muitos monarcas escoceses ao longo dos séculos. Embora agora em ruínas, o palácio continua a evocar a grandeza e a majestade da história escocesa, proporcionando aos visitantes uma visão única da vida na corte real medieval.

A “Wallace’s Well” é uma fonte localizada próximo à abadia, associada ao lendário herói escocês Sir William Wallace. A lenda afirma que Wallace se refugiou na área de Dunfermline após a Batalha de Falkirk em 1298, evitando de ser pego.
A Abbot House foi construída no século XV e recebe esse nome devido à sua associação histórica com os abades, que eram líderes religiosos em ordens monásticas. “Abbot” é um termo inglês que se refere ao líder ou superior de um mosteiro ou abadia. Foi o único edifício doméstico que sobreviveu ao grande incêndio de 1624. Desde então, foi uma mansão privada, uma fundição de ferro, uma escola de arte e é agora um centro de patrimônio.

O “Dunfermline City Chambers” é uma instalação municipal na esquina da Bridge Street com a Kirkgate e sua edificação atual foi inaugurada em 1879. O projeto da estrutura incluiu uma fachada principal assimétrica com doze vãos voltados para Kirkgate, destacando-se a seção sul com uma porta e uma torre octogonal, e a seção norte com uma entrada elaborada e uma proeminente torre do relógio de quatro faces. Pedras heráldicas, possivelmente originárias do Palácio Dunfermline, foram incorporadas, enquanto a cantaria na fachada da Bridge Street exibiu bustos de figuras históricas como Malcolm Canmore e Robert the Bruce. Internamente, a câmara do conselho no primeiro andar apresentava um telhado em viga de carvalho, enquanto o porão abrigava celas policiais.