CGH – Aeroporto de Congonhas

O aeroporto de Congonhas, na capital paulista, deve sofrer consideráveis mudanças em 2014. Primeiramente, irei retomar um pouco da história desse aeroporto através de algumas fotografias, graças a uma colaboração de um ex-aluno, Erasmo Luiz Cavalcanti, e outro aluno, Gabriel Fernandes, que tirou a foto do Pavilhão de Autoridades. Depois vou falar de duas mudanças: o restauro dos prédios e a nova estação de monotrilho.

Área de taxiamento de aeronaves e jardins, vistos a partir do terraço
Área de taxiamento de aeronaves e jardins, vistos a partir do terraço

Inaugurado em 1936, seu nome é uma homenagem à região em que se situa (antiga Vila Congonhas), de propriedade dos descendentes do primeiro governante da Província de São Paulo após a Independência do Brasil, Visconde de Congonhas do Campo. Começou a ser construído em 1935, quando foi realizado estudo técnico para a escolha do sítio do aeroporto. Buscavam-se condições como alta visibilidade, terreno plano e boa drenagem, em uma região praticamente desocupada e que não estivesse sujeito às enchentes do rio Tietê, como ocorria no Campo de Marte.

Área do Check-in (repare nas balanças para pesar as bagagens)
Área do Check-in (repare nas balanças para pesar as bagagens)

Em 1955 foi aberto o mezanino do saguão central, em estilo art déco. Em outra parte do aeroporto está o Pavilhão de Autoridades, com obras de Di Cavalcanti. O terraço ganhou o apelido de “Prainha dos Paulistanos”, onde muitos iam observar o movimento de aeronaves, e haviam jardins para pequenos passeios.

Pavilhão de Autoridades (foto: Gabriel Fernandes)
Pavilhão de Autoridades (foto: Gabriel Fernandes)

Em 1957, Congonhas era um dos aeroportos com maior movimento de carga aérea no mundo. Assim, foram realizados estudos para a implantação de um novo aeroporto em São Paulo (em Viracopos/Campinas) e ampliação da ala norte, abrigando as salas de embarque e desembarque internacional e uma reforma para a pista principal.

Saguão do aeroporto (anos 60)
Saguão do aeroporto (anos 60)

Restauro

Uma grande intervenção entre 2004 e 2007 remodelou por completo o terminal de passageiros, ampliou as vagas de estacionamento para veículos e foi criada a passagem subterrânea Paulo Autran no acesso ao aeroporto. Desta vez, o foco será o patrimônio arquitetônico de Congonhas e a modernização de algumas áreas. Será ampliado o número de balcões de check-in, e o comércio que atualmente tampa as amplas janelas originais do aeroporto será transferido para um mezanino no desembarque, pronto há alguns anos e ainda sem uso. Veja mais detalhes no infográfico abaixo:

Infográfico - restauro CGH

Monotrilho

Entre 2014-2015 deve ser inaugurada a estação Congonhas da linha 17-ouro, via monotrilho. Trata-se da primeira etapa do ramal, com 7,7 quilômetros ligando o aeroporto ao Metrô e CPTM nas estações Jabaquara (linha azul), Campo Belo (linha lilás) e Morumbi (linhas amarela e esmeralda). Uma passagem subterrânea ligará a estação, na avenida Washington Luís, ao aeroporto. A entrada será ao lado do ponto de táxi do desembarque, onde hoje ficam armários para guardar malas. Veja mais informações no site do Metrô.

Ah, porque CGH? Essa é a sigla que a IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) utiliza para identificar o aeroporto de Congonhas.

Ônibus para o transporte de passageiros no pátio do aeroporto
Ônibus para o transporte de passageiros no pátio do aeroporto

Já passou pelo Aeroporto de Congonhas? Conte sua experiência aqui nos comentários! =)

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4 comments

  1. É uma pena que a “Prainha dos Paulistanos”, onde muitos iam observar o movimento de aeronaves, não existe mais. Passei boas horas por lá. Porque hoje não tem um lugar desses ?

    1. Realmente, muitas pessoas gostam de observar o movimento das aeronaves e até poderia existir um comércio próximo, aproveitando esse fluxo de pessoas. Aeroportos mais modernos (e mesmo alguns bem antigos) de vários lugares do mundo permitem a visualização da pista inclusive de espaço destinado especialmente aos “spotters” (que gostam de fotografar aeronaves). Em Congonhas, áreas reservadas e comerciais foram tomando o espaço de observação. Somente existem projetos de ampliação (que são constantemente adiados) mas que não contemplam janelas para a área de movimentação de aviões.

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