Capítulo 5 – Nas profundezas do Hades

Após muito caminhar e muitas lutas travar, o grupo aproxima-se de um enorme muro, seguindo o rastro de fumaça deixado pelas instalações em seu interior. Enquanto discutiam uma forma segura de se aproximar e investigar, surge Quasit, servo da demônia Mira. Ele diz que veio em missão de paz, explicando que atrás dos muros funciona uma prisão e um grande campo de trabalhos forçados.

Apesar de trabalhar nessa engrenagem de opressão, Mira deseja fugir. Assim, Quasit traz uma oportunidade de negócios. Sua proposta é de facilitar o ingresso dos aventureiros para dentro dos muros; em troca, enquanto estivessem lutando e chamando atenção dos guardas, Mira poderia fugir com seu escudeiro. Para o acordo ser fechado, Turim sugere que eles os ajudem durante a batalha, para que tenham mais chances de serem bem sucedidos e também receberem a glória e o poder da vitória. Com isso, a parceria está selada.

Assim, conseguem entrar sorrateiramente na enorme construção. Adentrando um complexo de salas, chegam em uma sala com um caldeirão e madeiras negras. Por lá, encontram certos itens, como o medalhão do mal supremo, e uma construção em madeira negra com o crânio de um deus gnomo no topo. Todos acreditam que esse lugar era usado para rituais maléficos usando a força desse deus. Por isso, Turim destrói essa montagem.

Seguindo por uma masmorra, encontram uma grande cela com uma fênix aprisionada. Ela está muito transtornada e fora de si, atacando quem chega perto. Araknível lança um raio que destrói a cabeça do deus e também uma parte da parede da cela, abrindo um buraco para o exterior. Com isso, a fênix também fica liberta do mal que a aprisionava e sai voando pelo rombo na parede.

Com toda essa ação, os guardas soam o alarme avisando que invasores devem ser capturados. Do alto da torre em que todos estão, observam de dezenas de milhares de escravos yincar estão aprisionados. Todos decidem agir para libertá-los, mas como? A espada mágica de Turim acaba por lhe conceder um desejo, que gera a formação de portais para o teletransporte de todos os escravos. Enquanto eles vão passando, o grupo deve combater os monstros e permitir que prossigam.

Turim e Araknível descem correndo pelas paredes e começa a batalha. Após o combate dos aventureiros contra diferentes raças de monstros, duas máquinas demoníacas são ligadas. Também conhecida como retriever, é uma construção viva criada por feitiçaria para operar como guerreiros e servos para poderosos nobres demônios do Hades. Turin consegue dominar uma delas junto com Quasit enquanto o restante do grupo luta contra demônios.

Urk conjura uma tempestade sobre todos e desfere um grande raio sobre um dos monstros, que leva um grande dano e é empurrado três metros para trás. Ele é um glabrezu: um humanoide com corpo e garras de lagosta. Na sequência, é feridos fortemente por três glabrezus e agarrado por dois, em meio a uma magia de escuridão. No entanto, Veriska consegue dissipar essa escuridão e Urk consegue fazer uso de sua capa de teletransporte para se salvar dessa situação. Após muita luta, os monstros são vencidos e Urk usa um pergaminho de cura para curar os graves ferimentos de Araknível.

Devourer e retriever. Fonte: Forgotten Realms
Devourer e retriever. Fonte: Forgotten Realms

No entanto, ainda surge outro grande confronto. Marilith, acompanhada de quatro devourers (devoradores de almas e corpos) e dois goristos, consegue chegar próximo aos aventureiros. Veriska consegue fazer uso de uma complicadíssima magia e controlar a mente dos dois goristos, enviando-os para atacar Marilith. Devido aos ataques, um dos Goristos recobra a consciência e um começa a brigar contra o outro.

Marilith se teletransporta para o meio do grupo, mas os aventureiros conseguem desferir ataques contra ela, principalmente através do uso da máquina demoníaca. Assim, Turin e Araknível conseguem matar Marilith. Urk matou um devouer depois de Veriska, Bernardo e sua montaria acertarem ele. Infelizmente, a montaria sofre grandes ataques de e morre.

Após Turin matar o último devourer, começam a chegar vários mortos-vivos. Turin briga com vários deles, mas eis que ressurge a fênix, que mesmo ferida consegue derrotar vários deles em um rasante. Urk pousa ao lado da fênix e usa um pergaminho de cura completa para ela com as mãos. Depois disso, levanta voo em velocidade para alcançar o restante do grupo, que corre para o último portal. Os goristos continuam lutando entre si ao longe.

Quaist sente-se poderoso pilotando a máquina infernal. Ele a utiliza para pegar Mira, que aparece nas proximidades quase desfalecendo.

Os portais, abertos em todo o terreno, começam a fechar. Urk sente uma pena cinza de fênix lhe cair no ombro, ao que ganha um forte e vívido alaranjado e fica incandescente antes de se consumir em faíscas no ar. Era uma “fenix down”, que faz parte da penugem que fica embaixo das penas normais (“down feather”) e que servem como aquecimento. Enquanto isso, observa a fênix sumir no horizonte se inflamando e deixando de ser uma fênix das cinzas.

Turin segue arrebatando os yincar para que o maior número deles seja resgatado. Outros companheiros seguem carregando alguns feridos para que consigam atravessar. Alguns ficam para trás, perdidos ou mortos. Antes de atravessar o portal, Turin usa teletransporte para dentro da máquina infernal e Quasit, assustado do contato repentino do yincar com sua senhora, lhe desfere um grande golpe na face, gerando uma cicatriz. No final, consegue transportar-se junto com Mira e Quasit, com o portal fechando assim que termina de passar sua cauda.

O portal tem sua saída nos arredores de Lassir. Todos sentem o alívio da opressão que existia enquanto estavam no Hades. Veriska sente novamente o gosto das frutas. Urk sente-se livre daquele ambiente claustrofóbico.

De todos os yincars, que conseguiram retornar, por volta de 70 mil estão bem de saúde, mas outros 20 mil necessitam de cuidados. Turin faz seu último pedido, desejando que todas as caudas dos yincar sejam restauradas – inclusive de seu inimigo, Novri. Urk também manda uma mensagem mental para ele, a pedido de Turin, para que se arrependa de seus atos e seja livre.

Quando tudo já parecia bem, eles escutam uma voz em suas cabeças dizendo que eles não sabem que é o verdadeiro inimigo, e que seja deixada em paz em seu pântano. Veriska tem uma visão do pântano com as ruínas e tem a convicção de quem está proferindo essa mensagem: Ababuye.

Este capítulo faz parte da série Urk, o Aarakocra Clérigo – sumário no link.

Compartilhe :)

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.