CNU – Resumo Bloco 3

Em 2025 ocorre a segunda edição do Concurso Nacional Unificado (também conhecido como “ENEM dos concursos”), consolidando o modelo de seleção que reúne, em um único certame, vagas de diversos órgãos federais. Essa edição amplia o alcance e a complexidade do concurso, reunindo milhares de oportunidades em diferentes áreas, com aplicação de provas em várias cidades do país, reforçando a ideia de “unificação” como caminho para maior eficiência e integração dos concursos públicos.

Para participar, o candidato deve escolher um único bloco temático ao se inscrever, e todos os cargos que concorrerá estarão dentro desse bloco. Ou seja: dentro do bloco escolhido, ele poderá optar por um a dez cargos específicos daquela área, conforme sua formação e interesse, mas não poderá concorrer simultaneamente a cargos de blocos diferentes. Esse agrupamento temático permite que os conteúdos da prova (conhecimento específico) sejam direcionados à área de atuação correspondente ao bloco escolhido.

Na edição de 2025, os blocos temáticos foram:

  1. Seguridade Social: Saúde, Assistência Social e Previdência
  2. Cultura e Educação
  3. Ciências, Dados e Tecnologia
  4. Engenharias e Arquitetura
  5. Administração
  6. Desenvolvimento Socioeconômico
  7. Justiça e Defesa
  8. Intermediário – Saúde
  9. Intermediário – Regulação

As informações sobre os Blocos Temáticos, os órgãos participantes, os cargos/especialidades e as vagas, encontram-se nos anexos de cada bloco. No final de cada anexo, está o conteúdo programático para as provas. São 90 questões: 30 de conhecimentos gerais e o restante de conhecimentos específicos, estes divididos em eixos temáticos. Cada cargo apresenta um peso diferente para cada eixo temático para compor a nota final.

As pessoas candidatas habilitadas na Prova Objetiva e classificadas dentro dos quantitativos e condições definidos no item 11 serão convocadas para a realização da Prova Discursiva, caso obtenha a note mínima disponível para o cargo. Para os cargos de Nível Superior, a Prova Discursiva será composta por 2 questões; para os cargos de Nível Intermediário, será composta por Redação em formato dissertativo-argumentativo. As Provas Discursivas deverão ser respondidas em até 30 linhas, para cada uma das questões ou a Redação, e seus conteúdos observarão o disposto nos respectivos anexos.

Conhecimentos gerais

As questões devem avaliar a compreensão crítica e integrada dos temas propostos, mais do que a simples memorização de conceitos. Por se tratar de um exame transversal a todos os blocos temáticos, as perguntas devem abordar situações contextualizadas e interdisciplinares, exigindo do candidato a capacidade de interpretar problemas relacionados ao funcionamento do Estado, às políticas públicas e à ética na administração.

Nos tópicos sobre Estado Democrático de Direito e políticas públicas (1 e 2), as questões provavelmente apresentarão cenários práticos envolvendo direitos constitucionais, processos decisórios e desafios da governabilidade, pedindo ao candidato para identificar princípios, consequências ou alternativas corretas. Já em Ética e integridade (3), é esperado que as questões explorem dilemas morais e responsabilidades do servidor público, incluindo governança, transparência e acesso à informação.

Em Diversidade e inclusão (4), as perguntas devem privilegiar a interpretação de situações sociais reais, testando o entendimento de conceitos como interseccionalidade, vulnerabilidade e políticas de equidade. Na parte de Administração Pública Federal (5), devem ser comuns itens sobre estrutura organizacional, finanças públicas e reformas administrativas, com foco em reconhecer o papel e as atribuições das instituições do Executivo. Por fim, em Trabalho e tecnologia (6), as questões podem relacionar inovações tecnológicas e transformação digital a seus impactos éticos e produtivos no serviço público, exigindo reflexão sobre os riscos e limites da automação e da inteligência artificial.

De modo geral, trata-se de um conjunto de temas que combina interpretação de textos e situações administrativas com conhecimento conceitual sólido, exigindo preparo voltado tanto à teoria quanto à análise crítica de casos e políticas públicas.

Conhecimentos específicos

No caso do “Bloco 3 – Ciências, Dados e Tecnologia”, são 5 eixos temáticos:

  1. Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS)
  2. Políticas Públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I)
  3. Gestão de Projetos em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I)
  4. Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) & Ciência de Dados
  5. Metodologia da Pesquisa Científica

Um resumo de cada eixo é apresentado na sequência, conforme os tópicos do respectivo anexo do edital.

Eixo Temático 1 – Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS)

1. Fundamentos da Abordagem CTS

A abordagem CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade) propõe uma visão crítica e integrada da produção científica e tecnológica, considerando seus impactos sociais, éticos e culturais.

1.1. Paradigmas, Conceitos, Origens e Evolução

  • Surgiu nos anos 1970 como resposta à visão tecnicista da ciência.
  • Propõe que ciência e tecnologia não são neutras, mas influenciadas por valores, interesses e contextos históricos.
  • Envolve o estudo dos paradigmas científicos (como o positivismo, o construtivismo e o pós-estruturalismo).

1.2. Modelos e Concepções de Inovação Tecnológica

  • A inovação pode ser incremental (melhorias graduais) ou disruptiva (transformações radicais).
  • Modelos como o linear (da pesquisa à aplicação) e o sistêmico (interação entre atores) ajudam a entender como a inovação ocorre.
  • A inovação é vista como processo social, não apenas técnico.

1.3. Pensamento Crítico e Responsabilidade Social

  • A ciência e a tecnologia devem ser avaliadas quanto aos seus efeitos na sociedade.
  • Questões como impactos ambientais, desigualdades, vigilância digital e automação exigem reflexão ética e política.
  • A responsabilidade social dos cientistas inclui transparência, inclusão e compromisso com o bem comum.

1.4. Interações entre Ciência, Tecnologia, Cultura e Valores

  • O conhecimento científico é influenciado por valores culturais, crenças e interesses sociais.
  • Tecnologias refletem e moldam comportamentos, identidades e relações sociais.
  • A cultura científica deve dialogar com saberes populares e tradicionais.

1.5. Desenvolvimento Tecnológico e Social

  • O avanço tecnológico deve estar alinhado ao desenvolvimento humano e sustentável.
  • A tecnologia pode promover inclusão, saúde, educação e qualidade de vida — mas também pode aprofundar desigualdades se mal distribuída.

1.6. Ética em Pesquisa Científica

  • A ética garante respeito aos direitos humanos e à integridade científica.
  • Comitês de ética avaliam projetos que envolvem seres humanos.
  • Consentimento livre e esclarecido é obrigatório em pesquisas com participantes.
  • Integridade científica exige honestidade na coleta, análise e divulgação de dados.

1.7. Popularização da Ciência e Engajamento Público

  • Tornar a ciência acessível ao público é essencial para fortalecer a cidadania e combater a desinformação.
  • A educação científica deve estimular o pensamento crítico desde a escola.
  • O engajamento público inclui participação em decisões sobre políticas científicas e tecnológicas.

1.8. Desigualdades no Acesso à Ciência e Tecnologia

  • Barreiras de gênero, raça e território limitam o acesso à produção e aos benefícios da ciência.
  • A inclusão de grupos historicamente excluídos é fundamental para uma ciência mais justa, representativa e criativa.

1.9. Ciência Aberta e Acesso Livre

  • A ciência aberta defende o compartilhamento de dados, métodos e resultados.
  • O acesso livre à informação científica democratiza o conhecimento e serve de suporte para geração de novos conhecimentos.
  • A reprodutibilidade garante que os resultados possam ser verificados e replicados por outros pesquisadores.

Eixo Temático 2 – Políticas Públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I)

1. Estrutura, Fundamentos e Instrumentos da CT&I no Brasil

A política pública de CT&I no Brasil é estruturada para promover o desenvolvimento científico, tecnológico e a inovação como motores do progresso econômico e social.

1.1. Sistema Nacional de CT&I (SNCTI)

  • Conjunto de instituições, políticas e mecanismos que articulam governo, universidades, empresas e sociedade civil.
  • Atua na formulação, execução e avaliação de ações voltadas à pesquisa, desenvolvimento e inovação.

1.2. Marco Legal da CT&I

  • Lei nº 13.243/2016: Estabelece regras para facilitar parcerias entre setor público e privado, desburocratizar a pesquisa e estimular a inovação.
  • Lei da Inovação (Lei nº 10.973/2004): Incentiva a cooperação entre universidades, empresas e governo para transformar conhecimento em inovação.
  • Lei do Bem (Lei nº 11.196/2005): Concede incentivos fiscais às empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

2. Planos, Programas e Instrumentos de Fomento

Diversas instituições públicas financiam e apoiam projetos de CT&I:

  • CNPq: Apoio à pesquisa científica e bolsas de estudo.
  • CAPES: Fomento à pós-graduação e formação de pesquisadores.
  • FINEP: Financiamento à inovação empresarial e infraestrutura científica (braço operacional e financeiro do FNDCT).
  • FNDCT: Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
  • EMBRAPII: Apoio à inovação industrial por meio de unidades de pesquisa aplicada.

3. Modelos Institucionais de Inovação

3.1. Triângulo de Sábato

  • Modelo que articula Estado, empresa e academia como pilares da política de inovação.

3.2. Hélice Tripla

  • Evolução do Triângulo de Sábato, enfatiza a interação dinâmica entre universidade, indústria e governo para gerar inovação.

3.3. Programas para a Indústria Brasileira

  • Enfrentam desafios como baixa produtividade, dependência tecnológica e necessidade de modernização.
  • Programa Nova Indústria Brasil: iniciativa recente voltada à reindustrialização com foco em inovação, sustentabilidade e digitalização.

4. Indicadores de CT&I

Indicadores são essenciais para avaliar o desempenho e orientar políticas públicas:

  • PINTEC (IBGE): Pesquisa sobre inovação nas empresas brasileiras.
  • Indicadores Nacionais de CT&I: Dados sobre produção científica, investimentos, patentes, formação de recursos humanos etc.

5. CT&I e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

A ciência e a tecnologia são fundamentais para alcançar os ODS da Agenda 2030 da ONU, como:

  • ODS 3 – Saúde e bem-estar: Tecnologias médicas, vacinas, telemedicina
  • ODS 4 – Educação de qualidade: Plataformas digitais, inclusão digital
  • ODS 6 – Água potável e saneamento: Monitoramento hídrico, tratamento de esgoto
  • ODS 7 – Energia limpa: Pesquisa em fontes renováveis
  • ODS 9 – Indústria, inovação e infraestrutura: Fomento à inovação e à pesquisa aplicada
  • ODS 13 – Ação contra a mudança climática: Modelagem climática, tecnologias de mitigação

Governança, Accountability (responsabilização pública através de responsabilidade e resposta ativa à sociedade) e Transparência: A gestão pública em CT&I deve ser transparente, responsável e orientada por evidências, promovendo confiança e participação social.

Eixo Temático 3 – Gestão de Projetos em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I)

1. Fundamentos e Práticas de Gestão de Projetos

A gestão de projetos em CT&I envolve aplicar conhecimentos, habilidades e ferramentas para atingir objetivos específicos dentro de prazos, custos e qualidade definidos.

1.1. Conceitos Básicos

  • Projeto é um esforço temporário com início e fim definidos, voltado à criação de um produto, serviço ou resultado único.
  • Em CT&I, os projetos geralmente envolvem pesquisa, desenvolvimento tecnológico, inovação e geração de conhecimento.

1.2. Características de um Projeto:

  • Temporariedade
  • Singularidade
  • Progressividade
  • Multidisciplinaridade
  • Foco em resultados

1.3. Ciclo de Vida do Projeto

  • Iniciação: definição do escopo preliminar, análise de viabilidade e autorização formal.
  • Planejamento: detalhamento de escopo, cronograma, orçamento, riscos, recursos e comunicação.
  • Execução: realização das atividades planejadas e gestão da equipe.
  • Monitoramento e Controle: acompanhamento do progresso, controle de mudanças e avaliação de desempenho.
  • Encerramento: entrega dos resultados, documentação final e lições aprendidas.

2. Áreas de Conhecimento em Gestão de Projetos

A gestão eficaz exige domínio de várias dimensões:

  • Escopo: definição clara do que será entregue.
  • Tempo: cronograma e prazos.
  • Custo: orçamento e controle financeiro.
  • Qualidade: padrões e critérios de desempenho.
  • Recursos: gestão de equipe e materiais.
  • Comunicações: fluxo de informações entre stakeholders (todas as partes interessadas ou envolvidas em um projeto).
  • Riscos: identificação, análise e mitigação de ameaças.
  • Aquisições: contratação de bens e serviços.
  • Stakeholders: gestão das expectativas e influência dos envolvidos.

2.1. Ferramentas e Métodos de Gestão

Ferramentas que apoiam o planejamento e controle dos projetos:

  • Gráfico de Gantt: Visualização de cronograma e dependências entre tarefas
  • PERT/CPM: combinação do PERT (Técnica de Avaliação e Revisão de Programas), que lida com incertezas e usa estimativas probabilísticas, e do CPM (Método do Caminho Crítico), que foca em atividades com prazos mais definidos para identificar o caminho crítico do projeto.
  • Matriz RACI: Definição de responsabilidades (Responsável, Aprovador, Consultado, Informado)
  • Kanban: Gestão visual de tarefas em fluxo contínuo
  • SCRUM: Método ágil com sprints, reuniões diárias e entregas incrementais

3. Gestão da Inovação e do Conhecimento

  • A inovação em projetos de CT&I envolve criar soluções novas ou aprimoradas que gerem valor científico, tecnológico ou social.
  • A gestão do conhecimento busca capturar, organizar, compartilhar e aplicar o saber gerado nos projetos, promovendo aprendizado contínuo e melhoria dos processos.

Eixo Temático 4 – Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) & Ciência de Dados

1. Fundamentos e Aplicações de TICs e Ciência de Dados

  • TICs envolvem o uso de recursos tecnológicos (hardware, software, redes, internet) para coletar, processar, armazenar e transmitir informações.
  • Na administração pública, as TICs promovem eficiência, transparência e inovação nos serviços públicos.
  • A transformação digital nas instituições públicas e científicas é impulsionada por estratégias como: Estratégia Federal de Governo Digital (plano para digitalizar serviços públicos, ampliar o acesso e reduzir burocracias) e Dados como ativo estratégico (uso de dados para embasar decisões, formular políticas públicas e melhorar a gestão).

2. Ciência de Dados, Big Data e Internet das Coisas (IoT)

  • Ciência de Dados: campo interdisciplinar que combina estatística, computação e conhecimento de domínio para extrair valor de grandes volumes de dados.
  • Big Data: refere-se a conjuntos de dados massivos, variados e em alta velocidade, que exigem tecnologias específicas para análise.
  • IoT (Internet das Coisas): rede de dispositivos conectados que coletam e trocam dados automaticamente (ex: sensores, câmeras, medidores inteligentes).
  • Inteligência Artificial (IA): sistemas que simulam capacidades humanas como raciocínio, aprendizado e tomada de decisão.
  • Aprendizado de máquina: técnica da IA que permite que algoritmos aprendam padrões a partir de dados.
  • Análise preditiva: uso de dados históricos para prever eventos futuros.
  • A IA pode reproduzir vieses presentes nos dados, afetando decisões automatizadas (como crédito, saúde, segurança).
  • A ética na IA envolve garantir justiça, transparência, responsabilidade e respeito aos direitos humanos.
  • Os impactos sociais incluem riscos à privacidade, exclusão digital e discriminação algorítmica.

3. Governança de Dados, Interoperabilidade e LGPD

  • Governança de dados: conjunto de práticas para garantir qualidade, segurança, integridade e uso responsável dos dados.
  • Interoperabilidade: capacidade de sistemas diferentes se comunicarem e trocarem dados de forma eficiente.
  • LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados): regula o tratamento de dados pessoais no Brasil, garantindo direitos aos cidadãos e deveres às organizações.

4. Visualização e Interpretação de Dados

  • A visualização de dados (gráficos, dashboards, mapas) facilita a compreensão de padrões e tendências.
  • É essencial em pesquisas científicas e na gestão pública, permitindo decisões mais informadas e comunicação clara com a sociedade.

5. Dados para Políticas Públicas

  • Formulação: identificar problemas e propor soluções.
  • Monitoramento: acompanhar a execução de políticas.
  • Avaliação: medir resultados e impactos.

6. Dados Abertos e Transparência

  • Dados abertos são públicos, acessíveis e reutilizáveis por qualquer cidadão.
  • Promovem transparência, controle social e inovação cívica, fortalecendo a democracia e a confiança nas instituições.

Eixo Temático 5 – Metodologia da Pesquisa Científica

1. Fundamentos e Finalidades da Pesquisa Científica

A pesquisa científica é um processo sistemático de investigação que busca gerar conhecimento. Suas finalidades podem ser:

  • Pesquisa básica: Foca em ampliar o conhecimento teórico, sem aplicação imediata.
  • Pesquisa aplicada: Usa o conhecimento para resolver problemas práticos.
  • Exploratória: Serve para conhecer melhor um problema pouco estudado.
  • Descritiva: Detalha características de fenômenos ou populações.
  • Explicativa: Investiga causas e relações entre variáveis.

2. Classificação quanto à Abordagem e Métodos Científicos

A abordagem define como os dados são tratados:

  • Qualitativa: Foca em significados, interpretações e contextos.
  • Quantitativa: Utiliza dados numéricos e estatísticos.
  • Mista: Combina elementos das duas abordagens.

Os métodos científicos incluem:

  • Indutivo: Parte de observações específicas para gerar teorias.
  • Dedutivo: Parte de teorias para testar hipóteses.
  • Hipotético-dedutivo: Formula hipóteses e testa empiricamente.

Diversas estratégias podem ser adotadas:

  • Estudo de caso: Análise profunda de um caso específico.
  • Pesquisa-ação: Envolve intervenção prática com participação dos envolvidos.
  • Levantamento: Coleta dados de uma amostra por meio de questionários.
  • Pesquisa experimental: Manipula variáveis com controle rigoroso.
  • Quase-experimental: Sem randomização completa, mas com intervenção.
  • Revisão de literatura: Levantamento de estudos existentes.
  • Bibliográfica: Baseada em fontes teóricas.
  • Sistemática: Segue protocolo rigoroso.
  • Integrativa: Combina estudos teóricos e empíricos.

3. Elementos do Projeto de Pesquisa

Um projeto de pesquisa bem estruturado inclui:

  • Tema: Assunto central da investigação.
  • Problema: Pergunta que orienta o estudo.
  • Justificativa: Relevância da pesquisa.
  • Objetivos: O que se pretende alcançar.
  • Hipóteses: Suposições a serem testadas.
  • Metodologia: Caminho para alcançar os objetivos.
  • Instrumentos de coleta de dados: Entrevistas, Questionários, Observação, Formulários, Análise documental, Equipamentos

4. Procedimentos de Coleta e Redação Científica

  • Coleta de dados: Pode ser feita de forma qualitativa ou quantitativa, dependendo do objetivo.
  • Redação científica: Exige clareza, objetividade, impessoalidade e estrutura formal.
  • Estrutura de artigos e relatórios: Geralmente inclui resumo, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências.
  • Normas de formatação: ABNT (Brasil), APA (Psicologia e Ciências Sociais), Vancouver (Ciências da Saúde), etc.
  • Principais Normas ABNT para Pesquisa Científica: NBR 6023 (Referências bibliográficas: define como citar livros, artigos, sites etc), NBR 10520 (Citações: orienta como fazer citações diretas, indiretas e de citação de citação), NBR 14724 (Trabalhos acadêmicos: estrutura de TCCs, dissertações e teses), NBR 6022 (Artigos científicos: estrutura e apresentação de artigos para publicação).
NormaÁrea de AplicaçãoCaracterísticas Principais
ABNTBrasil (multidisciplinar)Normas técnicas nacionais, foco em trabalhos acadêmicos e científicos
APAPsicologia, Ciências Sociais, EducaçãoÊnfase em autor-data, citações no corpo do texto, clareza e objetividade
VancouverCiências da Saúde (Medicina, Enfermagem)Numérica, com referências ordenadas conforme aparecem no texto
ChicagoHistória, Artes, HumanidadesDois sistemas: autor-data ou notas de rodapé; muito usado em livros
MLALiteratura, Linguística, ArtesAutor-página, foco em citações textuais e bibliografia detalhada
HarvardMultidisciplinar (especialmente em países anglófonos)Autor-data, estilo direto e conciso, muito usado em artigos científicos
IEEEEngenharia, Tecnologia, ComputaçãoNumérica, com referências entre colchetes no texto ([1], [2]…)
CSECiências Biológicas e NaturaisTrês sistemas possíveis: nome-ano, citações numéricas ou sequenciais

Referências

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.