Em 2025 ocorre a segunda edição do Concurso Nacional Unificado (também conhecido como “ENEM dos concursos”), consolidando o modelo de seleção que reúne, em um único certame, vagas de diversos órgãos federais. Essa edição amplia o alcance e a complexidade do concurso, reunindo milhares de oportunidades em diferentes áreas, com aplicação de provas em várias cidades do país, reforçando a ideia de “unificação” como caminho para maior eficiência e integração dos concursos públicos.
Para participar, o candidato deve escolher um único bloco temático ao se inscrever, e todos os cargos que concorrerá estarão dentro desse bloco. Ou seja: dentro do bloco escolhido, ele poderá optar por um a dez cargos específicos daquela área, conforme sua formação e interesse, mas não poderá concorrer simultaneamente a cargos de blocos diferentes. Esse agrupamento temático permite que os conteúdos da prova (conhecimento específico) sejam direcionados à área de atuação correspondente ao bloco escolhido.
Na edição de 2025, os blocos temáticos foram:
- Seguridade Social: Saúde, Assistência Social e Previdência
- Cultura e Educação
- Ciências, Dados e Tecnologia
- Engenharias e Arquitetura
- Administração
- Desenvolvimento Socioeconômico
- Justiça e Defesa
- Intermediário – Saúde
- Intermediário – Regulação
As informações sobre os Blocos Temáticos, os órgãos participantes, os cargos/especialidades e as vagas, encontram-se nos anexos de cada bloco. No final de cada anexo, está o conteúdo programático para as provas. São 90 questões: 30 de conhecimentos gerais e o restante de conhecimentos específicos, estes divididos em eixos temáticos. Cada cargo apresenta um peso diferente para cada eixo temático para compor a nota final.
As pessoas candidatas habilitadas na Prova Objetiva e classificadas dentro dos quantitativos e condições definidos no item 11 serão convocadas para a realização da Prova Discursiva, caso obtenha a note mínima disponível para o cargo. Para os cargos de Nível Superior, a Prova Discursiva será composta por 2 questões; para os cargos de Nível Intermediário, será composta por Redação em formato dissertativo-argumentativo. As Provas Discursivas deverão ser respondidas em até 30 linhas, para cada uma das questões ou a Redação, e seus conteúdos observarão o disposto nos respectivos anexos.
Conhecimentos gerais
As questões devem avaliar a compreensão crítica e integrada dos temas propostos, mais do que a simples memorização de conceitos. Por se tratar de um exame transversal a todos os blocos temáticos, as perguntas devem abordar situações contextualizadas e interdisciplinares, exigindo do candidato a capacidade de interpretar problemas relacionados ao funcionamento do Estado, às políticas públicas e à ética na administração.
Nos tópicos sobre Estado Democrático de Direito e políticas públicas (1 e 2), as questões provavelmente apresentarão cenários práticos envolvendo direitos constitucionais, processos decisórios e desafios da governabilidade, pedindo ao candidato para identificar princípios, consequências ou alternativas corretas. Já em Ética e integridade (3), é esperado que as questões explorem dilemas morais e responsabilidades do servidor público, incluindo governança, transparência e acesso à informação.
Em Diversidade e inclusão (4), as perguntas devem privilegiar a interpretação de situações sociais reais, testando o entendimento de conceitos como interseccionalidade, vulnerabilidade e políticas de equidade. Na parte de Administração Pública Federal (5), devem ser comuns itens sobre estrutura organizacional, finanças públicas e reformas administrativas, com foco em reconhecer o papel e as atribuições das instituições do Executivo. Por fim, em Trabalho e tecnologia (6), as questões podem relacionar inovações tecnológicas e transformação digital a seus impactos éticos e produtivos no serviço público, exigindo reflexão sobre os riscos e limites da automação e da inteligência artificial.
De modo geral, trata-se de um conjunto de temas que combina interpretação de textos e situações administrativas com conhecimento conceitual sólido, exigindo preparo voltado tanto à teoria quanto à análise crítica de casos e políticas públicas.
Conhecimentos específicos
No caso do “Bloco 3 – Ciências, Dados e Tecnologia”, são 5 eixos temáticos:
- Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS)
- Políticas Públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I)
- Gestão de Projetos em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I)
- Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) & Ciência de Dados
- Metodologia da Pesquisa Científica
Um resumo de cada eixo é apresentado na sequência, conforme os tópicos do respectivo anexo do edital.
Eixo Temático 1 – Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS)
1. Fundamentos da Abordagem CTS
A abordagem CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade) propõe uma visão crítica e integrada da produção científica e tecnológica, considerando seus impactos sociais, éticos e culturais.
1.1. Paradigmas, Conceitos, Origens e Evolução
- Surgiu nos anos 1970 como resposta à visão tecnicista da ciência.
- Propõe que ciência e tecnologia não são neutras, mas influenciadas por valores, interesses e contextos históricos.
- Envolve o estudo dos paradigmas científicos (como o positivismo, o construtivismo e o pós-estruturalismo).
1.2. Modelos e Concepções de Inovação Tecnológica
- A inovação pode ser incremental (melhorias graduais) ou disruptiva (transformações radicais).
- Modelos como o linear (da pesquisa à aplicação) e o sistêmico (interação entre atores) ajudam a entender como a inovação ocorre.
- A inovação é vista como processo social, não apenas técnico.
1.3. Pensamento Crítico e Responsabilidade Social
- A ciência e a tecnologia devem ser avaliadas quanto aos seus efeitos na sociedade.
- Questões como impactos ambientais, desigualdades, vigilância digital e automação exigem reflexão ética e política.
- A responsabilidade social dos cientistas inclui transparência, inclusão e compromisso com o bem comum.
1.4. Interações entre Ciência, Tecnologia, Cultura e Valores
- O conhecimento científico é influenciado por valores culturais, crenças e interesses sociais.
- Tecnologias refletem e moldam comportamentos, identidades e relações sociais.
- A cultura científica deve dialogar com saberes populares e tradicionais.
1.5. Desenvolvimento Tecnológico e Social
- O avanço tecnológico deve estar alinhado ao desenvolvimento humano e sustentável.
- A tecnologia pode promover inclusão, saúde, educação e qualidade de vida — mas também pode aprofundar desigualdades se mal distribuída.
1.6. Ética em Pesquisa Científica
- A ética garante respeito aos direitos humanos e à integridade científica.
- Comitês de ética avaliam projetos que envolvem seres humanos.
- Consentimento livre e esclarecido é obrigatório em pesquisas com participantes.
- Integridade científica exige honestidade na coleta, análise e divulgação de dados.
1.7. Popularização da Ciência e Engajamento Público
- Tornar a ciência acessível ao público é essencial para fortalecer a cidadania e combater a desinformação.
- A educação científica deve estimular o pensamento crítico desde a escola.
- O engajamento público inclui participação em decisões sobre políticas científicas e tecnológicas.
1.8. Desigualdades no Acesso à Ciência e Tecnologia
- Barreiras de gênero, raça e território limitam o acesso à produção e aos benefícios da ciência.
- A inclusão de grupos historicamente excluídos é fundamental para uma ciência mais justa, representativa e criativa.
1.9. Ciência Aberta e Acesso Livre
- A ciência aberta defende o compartilhamento de dados, métodos e resultados.
- O acesso livre à informação científica democratiza o conhecimento e serve de suporte para geração de novos conhecimentos.
- A reprodutibilidade garante que os resultados possam ser verificados e replicados por outros pesquisadores.
Eixo Temático 2 – Políticas Públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I)
1. Estrutura, Fundamentos e Instrumentos da CT&I no Brasil
A política pública de CT&I no Brasil é estruturada para promover o desenvolvimento científico, tecnológico e a inovação como motores do progresso econômico e social.
1.1. Sistema Nacional de CT&I (SNCTI)
- Conjunto de instituições, políticas e mecanismos que articulam governo, universidades, empresas e sociedade civil.
- Atua na formulação, execução e avaliação de ações voltadas à pesquisa, desenvolvimento e inovação.
1.2. Marco Legal da CT&I
- Lei nº 13.243/2016: Estabelece regras para facilitar parcerias entre setor público e privado, desburocratizar a pesquisa e estimular a inovação.
- Lei da Inovação (Lei nº 10.973/2004): Incentiva a cooperação entre universidades, empresas e governo para transformar conhecimento em inovação.
- Lei do Bem (Lei nº 11.196/2005): Concede incentivos fiscais às empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento tecnológico.
2. Planos, Programas e Instrumentos de Fomento
Diversas instituições públicas financiam e apoiam projetos de CT&I:
- CNPq: Apoio à pesquisa científica e bolsas de estudo.
- CAPES: Fomento à pós-graduação e formação de pesquisadores.
- FINEP: Financiamento à inovação empresarial e infraestrutura científica (braço operacional e financeiro do FNDCT).
- FNDCT: Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
- EMBRAPII: Apoio à inovação industrial por meio de unidades de pesquisa aplicada.
3. Modelos Institucionais de Inovação
3.1. Triângulo de Sábato
- Modelo que articula Estado, empresa e academia como pilares da política de inovação.
3.2. Hélice Tripla
- Evolução do Triângulo de Sábato, enfatiza a interação dinâmica entre universidade, indústria e governo para gerar inovação.
3.3. Programas para a Indústria Brasileira
- Enfrentam desafios como baixa produtividade, dependência tecnológica e necessidade de modernização.
- Programa Nova Indústria Brasil: iniciativa recente voltada à reindustrialização com foco em inovação, sustentabilidade e digitalização.
4. Indicadores de CT&I
Indicadores são essenciais para avaliar o desempenho e orientar políticas públicas:
- PINTEC (IBGE): Pesquisa sobre inovação nas empresas brasileiras.
- Indicadores Nacionais de CT&I: Dados sobre produção científica, investimentos, patentes, formação de recursos humanos etc.
5. CT&I e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
A ciência e a tecnologia são fundamentais para alcançar os ODS da Agenda 2030 da ONU, como:
- ODS 3 – Saúde e bem-estar: Tecnologias médicas, vacinas, telemedicina
- ODS 4 – Educação de qualidade: Plataformas digitais, inclusão digital
- ODS 6 – Água potável e saneamento: Monitoramento hídrico, tratamento de esgoto
- ODS 7 – Energia limpa: Pesquisa em fontes renováveis
- ODS 9 – Indústria, inovação e infraestrutura: Fomento à inovação e à pesquisa aplicada
- ODS 13 – Ação contra a mudança climática: Modelagem climática, tecnologias de mitigação
Governança, Accountability (responsabilização pública através de responsabilidade e resposta ativa à sociedade) e Transparência: A gestão pública em CT&I deve ser transparente, responsável e orientada por evidências, promovendo confiança e participação social.
Eixo Temático 3 – Gestão de Projetos em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I)
1. Fundamentos e Práticas de Gestão de Projetos
A gestão de projetos em CT&I envolve aplicar conhecimentos, habilidades e ferramentas para atingir objetivos específicos dentro de prazos, custos e qualidade definidos.
1.1. Conceitos Básicos
- Projeto é um esforço temporário com início e fim definidos, voltado à criação de um produto, serviço ou resultado único.
- Em CT&I, os projetos geralmente envolvem pesquisa, desenvolvimento tecnológico, inovação e geração de conhecimento.
1.2. Características de um Projeto:
- Temporariedade
- Singularidade
- Progressividade
- Multidisciplinaridade
- Foco em resultados
1.3. Ciclo de Vida do Projeto
- Iniciação: definição do escopo preliminar, análise de viabilidade e autorização formal.
- Planejamento: detalhamento de escopo, cronograma, orçamento, riscos, recursos e comunicação.
- Execução: realização das atividades planejadas e gestão da equipe.
- Monitoramento e Controle: acompanhamento do progresso, controle de mudanças e avaliação de desempenho.
- Encerramento: entrega dos resultados, documentação final e lições aprendidas.
2. Áreas de Conhecimento em Gestão de Projetos
A gestão eficaz exige domínio de várias dimensões:
- Escopo: definição clara do que será entregue.
- Tempo: cronograma e prazos.
- Custo: orçamento e controle financeiro.
- Qualidade: padrões e critérios de desempenho.
- Recursos: gestão de equipe e materiais.
- Comunicações: fluxo de informações entre stakeholders (todas as partes interessadas ou envolvidas em um projeto).
- Riscos: identificação, análise e mitigação de ameaças.
- Aquisições: contratação de bens e serviços.
- Stakeholders: gestão das expectativas e influência dos envolvidos.
2.1. Ferramentas e Métodos de Gestão
Ferramentas que apoiam o planejamento e controle dos projetos:
- Gráfico de Gantt: Visualização de cronograma e dependências entre tarefas
- PERT/CPM: combinação do PERT (Técnica de Avaliação e Revisão de Programas), que lida com incertezas e usa estimativas probabilísticas, e do CPM (Método do Caminho Crítico), que foca em atividades com prazos mais definidos para identificar o caminho crítico do projeto.
- Matriz RACI: Definição de responsabilidades (Responsável, Aprovador, Consultado, Informado)
- Kanban: Gestão visual de tarefas em fluxo contínuo
- SCRUM: Método ágil com sprints, reuniões diárias e entregas incrementais
3. Gestão da Inovação e do Conhecimento
- A inovação em projetos de CT&I envolve criar soluções novas ou aprimoradas que gerem valor científico, tecnológico ou social.
- A gestão do conhecimento busca capturar, organizar, compartilhar e aplicar o saber gerado nos projetos, promovendo aprendizado contínuo e melhoria dos processos.
Eixo Temático 4 – Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) & Ciência de Dados
1. Fundamentos e Aplicações de TICs e Ciência de Dados
- TICs envolvem o uso de recursos tecnológicos (hardware, software, redes, internet) para coletar, processar, armazenar e transmitir informações.
- Na administração pública, as TICs promovem eficiência, transparência e inovação nos serviços públicos.
- A transformação digital nas instituições públicas e científicas é impulsionada por estratégias como: Estratégia Federal de Governo Digital (plano para digitalizar serviços públicos, ampliar o acesso e reduzir burocracias) e Dados como ativo estratégico (uso de dados para embasar decisões, formular políticas públicas e melhorar a gestão).
2. Ciência de Dados, Big Data e Internet das Coisas (IoT)
- Ciência de Dados: campo interdisciplinar que combina estatística, computação e conhecimento de domínio para extrair valor de grandes volumes de dados.
- Big Data: refere-se a conjuntos de dados massivos, variados e em alta velocidade, que exigem tecnologias específicas para análise.
- IoT (Internet das Coisas): rede de dispositivos conectados que coletam e trocam dados automaticamente (ex: sensores, câmeras, medidores inteligentes).
- Inteligência Artificial (IA): sistemas que simulam capacidades humanas como raciocínio, aprendizado e tomada de decisão.
- Aprendizado de máquina: técnica da IA que permite que algoritmos aprendam padrões a partir de dados.
- Análise preditiva: uso de dados históricos para prever eventos futuros.
- A IA pode reproduzir vieses presentes nos dados, afetando decisões automatizadas (como crédito, saúde, segurança).
- A ética na IA envolve garantir justiça, transparência, responsabilidade e respeito aos direitos humanos.
- Os impactos sociais incluem riscos à privacidade, exclusão digital e discriminação algorítmica.
3. Governança de Dados, Interoperabilidade e LGPD
- Governança de dados: conjunto de práticas para garantir qualidade, segurança, integridade e uso responsável dos dados.
- Interoperabilidade: capacidade de sistemas diferentes se comunicarem e trocarem dados de forma eficiente.
- LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados): regula o tratamento de dados pessoais no Brasil, garantindo direitos aos cidadãos e deveres às organizações.
4. Visualização e Interpretação de Dados
- A visualização de dados (gráficos, dashboards, mapas) facilita a compreensão de padrões e tendências.
- É essencial em pesquisas científicas e na gestão pública, permitindo decisões mais informadas e comunicação clara com a sociedade.
5. Dados para Políticas Públicas
- Formulação: identificar problemas e propor soluções.
- Monitoramento: acompanhar a execução de políticas.
- Avaliação: medir resultados e impactos.
6. Dados Abertos e Transparência
- Dados abertos são públicos, acessíveis e reutilizáveis por qualquer cidadão.
- Promovem transparência, controle social e inovação cívica, fortalecendo a democracia e a confiança nas instituições.
Eixo Temático 5 – Metodologia da Pesquisa Científica
1. Fundamentos e Finalidades da Pesquisa Científica
A pesquisa científica é um processo sistemático de investigação que busca gerar conhecimento. Suas finalidades podem ser:
- Pesquisa básica: Foca em ampliar o conhecimento teórico, sem aplicação imediata.
- Pesquisa aplicada: Usa o conhecimento para resolver problemas práticos.
- Exploratória: Serve para conhecer melhor um problema pouco estudado.
- Descritiva: Detalha características de fenômenos ou populações.
- Explicativa: Investiga causas e relações entre variáveis.
2. Classificação quanto à Abordagem e Métodos Científicos
A abordagem define como os dados são tratados:
- Qualitativa: Foca em significados, interpretações e contextos.
- Quantitativa: Utiliza dados numéricos e estatísticos.
- Mista: Combina elementos das duas abordagens.
Os métodos científicos incluem:
- Indutivo: Parte de observações específicas para gerar teorias.
- Dedutivo: Parte de teorias para testar hipóteses.
- Hipotético-dedutivo: Formula hipóteses e testa empiricamente.
Diversas estratégias podem ser adotadas:
- Estudo de caso: Análise profunda de um caso específico.
- Pesquisa-ação: Envolve intervenção prática com participação dos envolvidos.
- Levantamento: Coleta dados de uma amostra por meio de questionários.
- Pesquisa experimental: Manipula variáveis com controle rigoroso.
- Quase-experimental: Sem randomização completa, mas com intervenção.
- Revisão de literatura: Levantamento de estudos existentes.
- Bibliográfica: Baseada em fontes teóricas.
- Sistemática: Segue protocolo rigoroso.
- Integrativa: Combina estudos teóricos e empíricos.
3. Elementos do Projeto de Pesquisa
Um projeto de pesquisa bem estruturado inclui:
- Tema: Assunto central da investigação.
- Problema: Pergunta que orienta o estudo.
- Justificativa: Relevância da pesquisa.
- Objetivos: O que se pretende alcançar.
- Hipóteses: Suposições a serem testadas.
- Metodologia: Caminho para alcançar os objetivos.
- Instrumentos de coleta de dados: Entrevistas, Questionários, Observação, Formulários, Análise documental, Equipamentos
4. Procedimentos de Coleta e Redação Científica
- Coleta de dados: Pode ser feita de forma qualitativa ou quantitativa, dependendo do objetivo.
- Redação científica: Exige clareza, objetividade, impessoalidade e estrutura formal.
- Estrutura de artigos e relatórios: Geralmente inclui resumo, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências.
- Normas de formatação: ABNT (Brasil), APA (Psicologia e Ciências Sociais), Vancouver (Ciências da Saúde), etc.
- Principais Normas ABNT para Pesquisa Científica: NBR 6023 (Referências bibliográficas: define como citar livros, artigos, sites etc), NBR 10520 (Citações: orienta como fazer citações diretas, indiretas e de citação de citação), NBR 14724 (Trabalhos acadêmicos: estrutura de TCCs, dissertações e teses), NBR 6022 (Artigos científicos: estrutura e apresentação de artigos para publicação).
| Norma | Área de Aplicação | Características Principais |
|---|---|---|
| ABNT | Brasil (multidisciplinar) | Normas técnicas nacionais, foco em trabalhos acadêmicos e científicos |
| APA | Psicologia, Ciências Sociais, Educação | Ênfase em autor-data, citações no corpo do texto, clareza e objetividade |
| Vancouver | Ciências da Saúde (Medicina, Enfermagem) | Numérica, com referências ordenadas conforme aparecem no texto |
| Chicago | História, Artes, Humanidades | Dois sistemas: autor-data ou notas de rodapé; muito usado em livros |
| MLA | Literatura, Linguística, Artes | Autor-página, foco em citações textuais e bibliografia detalhada |
| Harvard | Multidisciplinar (especialmente em países anglófonos) | Autor-data, estilo direto e conciso, muito usado em artigos científicos |
| IEEE | Engenharia, Tecnologia, Computação | Numérica, com referências entre colchetes no texto ([1], [2]…) |
| CSE | Ciências Biológicas e Naturais | Três sistemas possíveis: nome-ano, citações numéricas ou sequenciais |
Referências
- Edital CNU (retificado em 29/09/2025)
- Anexo III – Bloco Temático 3: Ciência e Tecnologia (retificado em 05/08/2025)

