Revisão do carro

Uma revisão automotiva é fundamental para mantê-lo funcionando bem, manter sua utilização segura e conservar o patrimônio investido. E não basta uma boa lavagem interna (com aspirador) e externa do carro.

Cada componente pode seguir um tipo de manutenção. Na preventiva, troca-se a peça num certo prazo, para garantir que não haja problemas no futuro, como é o caso do óleo. Na corretiva, ela é substituída quando quebra ou dá defeito, como uma lâmpada queimada. Na preditiva, a troca é feita só quando a peça já apresentou um desgaste que reduziu sua eficiência num nível acima do aceitável.

A cada 10 mil quilômetros, uma série de itens no automóvel devem ser revisados, ajustados, completados ou substituídos – outros tem um prazo maior ou menor de verificação, que será informado entre parênteses. Veja a seguir alguns dos itens importantes que fazem parte da revisão automotiva (clique nos links para mais detalhes):

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  1. Pneus: condição e regulagem da pressão (a cada 15 dias)
  2. Nível e filtro do óleo
  3. Nível do líquido de arrefecimento (sempre completar quando o nível baixar)
  4. Nível do líquido do limpador de vidro (para-brisa) e seu funcionamento
  5. Condição da direção, juntas universais de transmissão, linha de escape e fixações
  6. Condição da bateria
  7. Diagnóstico do computador de bordo
  8. Ajuste dos mecanismos de abertura (capô, portas, vidros, telecomando, fechaduras, tampa do tanque e porta malas)
  9. Torque no parafuso das rodas, controle das mangueiras, rótulas, buchas, bieletas, terminal de direção e articulações
  10. Nível do líquido da direção hidráulica
  11. Controle do sistema de exaustão (coletor, juntas, catalizador, silencioso e ponteira)
  12. Funcionamento das lanternas e faróis (com eventual regulagem de altura); transparência dos vidros; luzes internas
  13. Condição dos vidros, retrovisores e placas
  14. Buzina
  15. Filtro de ar (trocar a cada 20 mil km)
  16. Filtro do habitáculo (trocar a cada 20 mil km)
  17. Curso do pedal da embreagem (verificação a cada 20 mil km)
  18. Nível do líquido de freio (trocar a cada 40 mil km ou 2 anos)
  19. Controle das pastilhas de freio, verificação de desgaste e limpeza (troca a cada 20 mil km)
  20. Filtro de combustível (trocar a cada 20 mil km)
  21. Controle do freio de estacionamento / de mão (ajuste a cada 20 mil km)
  22. Documentação (duas vezes por ano ao menos)
  23. Controle do estado dos protetores de borracha (trocar a cada 30 mil km ou 2 anos)
  24. Nível do óleo do câmbio
  25. Estanqueidade e condição do motor, caixa de câmbio, amortecedores e circuitos hidráulicos como frenagem, direção, etc (verificar a cada 40 mil km)
  26. Velas de ignição (trocar a cada 50 mil km)
  27. Extintor (a cada 5 anos ou antes, quando diminuir a pressão; opcional)
  28. Condição da correia dentada (troca a cada 50 mil km, em condições normais de uso, ou 70 mil km, em condições severas)
  29. Condição das correias para acessórios
  30. Amassados e riscados na carroceria (sempre que possível)

Observações

A verificação de nível do líquido de arrefecimento, fluido de freio, líquido da direção hidráulica, óleo do câmbio e água do limpador de vidro geralmente é feito de modo visual direto no tambor. Balance o reservatório para ver mais facilmente se o líquido está na marca indicada no tambor (ou dentro dos limites). Deve-se também observar se o líquido está escuro ou com particulado suspenso. Já o nível do óleo do motor pode ser verificado através de uma vareta interna. Nesse caso, deve-se puxá-la para cima, limpar com papel/estopa (sem deixar fiapos) e mergulhá-la completamente de novo para verificar o nível ao retirá-la. A marcação deve estar dentro de dois riscos, que indicam o máximo e o mínimo exigidos. Mantenha-se atento também à vedação e eventuais vazamentos.

Geralmente os prazos são estimados em condições normais de uso. Condições severas envolvem:

  • Utilização permanente em pequenos trechos (quando não acontece o completo aquecimento do motor ou uso urbano intenso, como em táxis);
  • Marcha lenta durante longo tempo quando a temperatura é maior que 30 °C e menor que -15°C;
  • Utilização em atmosfera poeirenta
  • Uso de combustíveis e/ou lubrificação de origem duvidosa que provoquem um funcionamento irregular do motor.

Periodicamente, é bom rodar durante uns 15 minutos (pelo menos) em marcha lenta, mais rápido, acelerar, frear e ficar atento a ruídos e trepidações que possam surgir, e investigar suas causas para sanar algum problema que possa se tornar pior.

Como dar partida no carro corretamente:

  1. Coloque a chave na ignição, girando somente até o ponto que a parte elétrica é ligada.
  2. Espere até as luzes do painel se apagarem e desligue o farol, todas as luzes que estiverem ligadas, e o ar condicionado.
  3. Coloque no ponto morto.
  4. Gire totalmente a chave, ligando o motor.

A não ser que você more em um local muito frio, a maioria dos carros não precisa ‘esquentar o motor’ antes de sair rodando.

Revisão burocrática (documentação)

Todo começo de ano (janeiro) deve-se pagar o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e o DPVAT (Seguro Obrigatório) – atualmente, DPVAT está isento. Também pode-se pagar adiantado o licenciamento do carro, desde que não haja débitos (multas, IPVA atrasados e restrições judiciais). O documento é gerado eletronicamente e pode ser impresso ou salvo no celular. Existe a opção de instalar o app Carteira Digital de Trânsito, que possui a opção de exibir o licenciamento dos carros cadastrados, além da CNH, e consulta a multas (por infrator e por veículo).

Para saber se existem multas e/ou débitos vinculados ao veículo, você pode consultar o link do Detran de seu estado, inserindo o Renavam e a placa do veículo – segue o link do Detran de SP para pesquisa de débitos e restrições de veículos de terceiros.

Extintor

Caminhões, caminhão-trator, micro-ônibus, ônibus e veículos destinados ao transporte de produtos inflamáveis devem estar equipados com extintor de incêndio com carga de pó químico “ABC”, que pode combater três classes de incêndio (veja mais sobre os tipos de extintores clicando no link). Geralmente, esses extintores tem validade de cinco anos e não pode ser recarregado. Fique atento caso ocorra redução de pressão mesmo antes de acabar o prazo de validade.

Em 2015, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) tornou facultativo o uso do extintor de incêndio em carros, caminhonetes, camionetas e triciclos de cabine fechadas. O órgão justifica que os carros atuais possuem tecnologia com maior segurança contra incêndio, como o corte automático de combustível em caso de colisão, localização do tanque de combustível fora do habitáculo dos passageiros e redução da flamabilidade de materiais e revestimentos. Além disso, o despreparo para o uso do extintor poderia causar mais perigo para os motoristas e em ‘crash tests’ realizados, ficou comprovado que tanto o extintor como o seu suporte provocam fraturas nos passageiros e condutores. A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) informou que dos 2 milhões de sinistros em veículos cobertos por seguros, 800 tiveram incêndio como causa. Desse total, apenas 24 informaram que usaram o extintor, equivalente a 3%.

Fontes

  • Dicas Peugeot – Tudo o que você deve saber sobre Revisão
  • Programa Auto Esporte
  • Se meu carro falasse
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