Nápoles e Pompeia

A cidade de Napoli localiza-se na região da Campânia, no sul da Itália. É conhecida mundialmente pela sua história, sua música, seus encantos naturais e por ser a terra natal da pizza. Foi conquistada pelos romanos no século IV a.C. No século VI d.C., passou para domínio bizantino e, no século VIII, constituiu-se em ducado independente. Em 1139, passou a pertencer ao reino da Sicília. Em 1282, passou para a coroa de Aragão, sendo denominado reino de Nápoles. No século XIX, passou a ser independente, sendo anexado ao reino da Sardenha em 1860 e ao da Itália em 1861.

Vista de uma das ruas de Nápoles. Foto: ViniRoger.
Vista de uma das ruas de Nápoles. Foto: ViniRoger.

Atrações turísticas

  • Castelo do Ovo – palácio real dos soberanos de Nápoles, seu nome deriva de uma antiga lenda, segundo a qual o poeta latino Virgílio – que na Idade Média também era considerado como um mago – escondeu no segredo do edifício um ovo mágico que manteria em pé toda a fortaleza. A sua quebra provocaria não só o colapso do castelo, mas também uma série de ruinosas catástrofes na cidade de Nápoles. É um dos elementos que mais se destacam no célebre panorama do golfo de Nápoles, localizando-se no ilhéu de Megáride.
  • Castel Nuovo – Sua construção foi iniciada em 1279. Depois do saque de Nápoles em 1494 pelos franceses, o castelo deixou de ser residência real e assumiu a função de fortaleza militar, voltando a ser ocupado pela realeza no século XVIII.
  • Palácio Real de Nápoles – um dos quatro palácios que serviram de residência aos reis de Nápoles e Sicília durante o seu reinado no Reino das Duas Sicílias (1730-1860). Possui diversas salas temáticas (incluindo a sala do trono real), jardins e estátuas dos soberanos.
  • Teatro Real de San Carlo – mais antigo teatro da Europa ainda em atividade.
  • Reggia di Capodimonte (Palácio Real de Capodimonte) – palácio da Casa de Bourbon; abriga uma galeria e um museu de arte.
  • Piazza del Plebiscito – praça é rodeada por importantes construções, como basílica de San Francesco di Paola, Palácio Real, Palazzo Salerno e o Palazzo della Prefettura.

Você também pode ver as atrações através de um city-tour pela cidade. Caso vá de carro, veja a zona de tráfego limitado da cidade e outras particularidades no post Dirigindo na Itália.

Ruínas de Pompeia e Herculano e o vulcão Vesúvio

O vulcão do monte Vesúvio é o único vulcão na Europa continental a ter entrado em erupção nos últimos cem anos, embora atualmente esteja inativo – dos dois outros principais vulcões ativos da Itália, o Etna está localizado na ilha da Sicília e o Stromboli está na ilha homônima. Veja no site Janela Itália como é a visitação à cratera do Monte Vesúvio.

Monte Vesúvio vista da estrada e de cima. Foto: ViniRoger (acima) e  incampania.com
Monte Vesúvio vista da estrada e de cima. Foto: ViniRoger (acima) e incampania.com

Sua erupção em 79 d.C. resultou na destruição das cidades romanas de Pompeia (coberta por cinzas) e Herculano (coberta pela lava). Ambas jamais foram reconstruídas, apesar de habitantes sobreviventes e saqueadores ocasionais terem realizado diversos despojos nos escombros. A localização das cidades foi eventualmente esquecida, até serem acidentalmente redescobertas no final do século XVIII.

Ruínas de Pompeia (scavi di pompei) e molde em gesso de vítima da erupção. Fotos: ViniRoger e Rodrigo M. Guerra (detalhe).
Ruínas de Pompeia (scavi di pompei) e molde em gesso de vítima da erupção. Fotos: ViniRoger e Rodrigo M. Guerra (detalhe).

Em um dado momento das escavações, foram descobertos espaços vagos ocasionais nas camadas de cinzas continham restos humanos. Desenvolveu-se uma técnica de injetar gesso neles para recriar perfeitamente o formato das vítimas do Vesúvio no momento de suas mortes.

No Museu Arqueológico Nacional estão abrigados os mosaicos, afrescos e esculturas originais retirados de Pompeia e Herculano, que mostram como era a vida no século 1, e a coleção de esculturas de mármore, em grande parte cópias romanas de originais clássicos. Também possui uma coleção egípcia e outras culturas.

Ruínas de Herculano (scavi di Ercolano). Fotos: ViniRoger.
Ruínas de Herculano (scavi di Ercolano). Fotos: ViniRoger.

Um pouco mais ao sul, tem a Costa Amalfitania: região costeira de grande beleza natural na Província de Salerno. Boa parte é visível da estrada que liga Sorrento a Salerno, margeando o mar Tirreno.

Veja mais nos links Passo a passo: bate-volta de Roma a Pompeia e Nápoles e Herculano: uma versão mais compacta que Pompeia.

Pizza

A história da pizza começou com os egípcios mas que logo foi parar na Etrúria, na Itália. No início de sua existência, somente as ervas regionais e o azeite de oliva, comuns no cotidiano da região, eram os ingredientes típicos da pizza. Os italianos foram os que acrescentaram o tomate, descoberto na América e levado à Europa pelos conquistadores espanhóis. Porém, nessa época, a pizza ainda não tinha a sua forma característica, redonda, como a conhecemos hoje, mas sim dobrada ao meio, feito um sanduíche ou um calzone.

Autêntica pizza italiana (essa é vendida em Florença, mas com receita napolitana). Foto: ViniRoger.
Autêntica pizza italiana (essa é vendida em Florença, mas com receita napolitana). Foto: ViniRoger.

Em Nápoles que surgiu o nome “picea” (que depois virou pizza) próximo do início do primeiro milênio. Segundo a associação Verace Pizza Napolitana, deve ser confeccionada com farinha, fermento natural ou levedura de cerveja, água e sal, e quando degustada deve estar macia, bem assada, suave, elástica, fácil de ser dobrada pela metade e com bordas elevadas e douradas. A pizza Marinara (Napolitana) leva tomate, azeite de oliva, orégano (orégão) e alho, enquanto que a Margherita contém tomate, azeite de oliva, queijo mozzarella e manjericão.

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